O Hikikomori é um fenômeno que atinge mais de 70 mil japoneses, em sua maioria homens entre 15 e 39 anos, de acordo com o Ministério da Saúde no Japão. O fenômeno não está presente apenas no Japão, mas está mais suscetível a se propagar em países desenvolvidos, entre as famílias de classe média a alta.
Neste comportamento, a pessoa evita o contato com outras pessoas e o mundo, podendo ficar isolada em casa por anos e causando um grande sofrimento psicológico.
Em um lugar com muita tecnologia e conforto, essas pessoas não tiveram o estimulo necessário para ter uma vida social saudável.
De acordo com Saito Tamaki, estudioso do tema e psicólogo, a causa está no padrão de exigência da sociedade, que causa baixa auto-estima e transtornos sociopáticos.
Entre esses transtornos, está a timidez excessiva, depressão, ansiedade, síndrome do pânico, bipolaridade, personalidade esquizoide.
Entretanto, as causas descritas acima, não são as únicas. O ijime pode causar um grande desapontamento sobre a sociedade em um todo, causando um afastamento total do convívio social, incluindo amigos de longa data e familiares.
De acordo com Tamaki, os números apontados pelo Ministério da Saúde do Japão estão muito abaixo da realidade.
Além sofrimento psicológico, o afastamento de relacionamentos tira as chances de casar e ter filhos, em um momento que o Japão sofre com a baixa taxa de natalidade, impactando diretamente no desenvolvimento econômico do país.
Outra característica desse comportamento é a falta de organização e de limpeza, assim como sua aparência e higiene pessoal.
Em 2007, o governo japonês implantou um programa assistencial para essas pessoas, chamado de “Super Irmãs”. O nome foi dado para as assistentes sociais de estimulam o contato social com essas pessoas por meio de cartas e telefonemas.
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