Pesquisadores que usavam a inteligência artificial para vasculhar as mídias e plataformas sociais, detectaram no dia 30 de dezembro, a propagação de uma doença incomum semelhante à gripe em Wuhan, China.
Levaria dias antes que a Organização Mundial da Saúde divulgasse uma avaliação de risco e um mês inteiro antes que a agência da ONU declarasse uma emergência de saúde pública global para o novo coronavírus.
O sistema de Inteligência artificial poderia ter acelerado o processo limitado, ou até mesmo impedido a extensão de uma pandemia?
Clark Freifeld, cientista da computação da Northeastern University, diz que essa é uma questão em aberto.
“Identificamos os sinais precoces, mas na realidade é difícil dizer quando você tem uma doença respiratória não identificada […]”, disse Freifeld.
Uma empresa de tecnologia de detecção de risco em tempo real chamada Dataminr, disse que emitiu o primeiro alerta sobre o COVID-19 em 30 de dezembro.
A detecção foi feita após relatos de testemunhas oculares de hospitais de Wuhan, fotos da higiene no mercado de frutos do mar e um aviso de um médico chinês, que morreu um tempo depois do mesmo vírus que tentou alertar.
Os sistemas de IA provaram ser valiosos no rastreamento de epidemias, vasculhando uma variedade diversificada de fontes, desde reservas de companhias aéreas, mensagens do Twitter, relatórios de notícias e outros.
Ainda assim, Freifeld disse que os sistemas de IA têm limites, e as grandes decisões ainda devem ser tomadas pelos seres humanos.
“Usamos o sistema de IA como multiplicador de forças, mas estamos comprometidos pela dependência deles por nós”, disse ele.
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