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IA Chinesa Militar e a Corrida Global por Vantagem Tecnológica em Defesa

- 11 de novembro de 2025
Pequim avança em IA Chinesa Militar com DeepSeek e hardware nacional. Análise de patentes e compras revela a corrida por armas autônomas e suporte de decisão em tempo real.

Pequim avança em IA Chinesa Militar com DeepSeek e hardware nacional. Análise de patentes e compras revela a corrida por armas autônomas e suporte de decisão em tempo real.

A China intensifica seu investimento em IA Chinesa Militar com o objetivo de alcançar os Estados Unidos na corrida armamentista global. Um exemplo notório é a revelação, em fevereiro, da gigante estatal de defesa Norinco: um veículo militar, o Norinco P60, capaz de realizar operações de apoio ao combate de forma autônoma a 50 km/h. Este veículo é equipado com o DeepSeek, um modelo de inteligência artificial que é o orgulho do setor de tecnologia da China.

Autoridades do Partido Comunista elogiaram o lançamento do P60 como uma demonstração inicial de como Pequim está usando o DeepSeek e a IA para obter vantagem militar. Este esforço sistemático para aproveitar a inteligência artificial com propósitos militares é revelado por meio de uma análise detalhada de centenas de artigos de pesquisa, patentes e registros de compras.

O Segredo do Progresso da IA Chinesa Militar (H2)

Embora os detalhes de como os sistemas de armas de última geração da China funcionam e seu nível de implementação sejam segredos de estado, registros de aquisição e patentes oferecem pistas importantes. Eles indicam o progresso de Pequim em capacidades como reconhecimento autônomo de alvos e suporte a decisões em tempo real no campo de batalha, um espelhamento dos esforços americanos.

A Busca por Chips e a Soberania Algorítmica (H3)

O Exército de Libertação Popular (ELP) e suas afiliadas continuam a utilizar e buscar chips da Nvidia, inclusive modelos sob controle de exportação dos EUA. Patentes registradas em junho de 2025 demonstram seu uso por institutos de pesquisa ligados às forças armadas, apesar da proibição de exportação dos populares chips A100 e H100 da Nvidia, imposta pelo Departamento de Comércio dos EUA em setembro de 2022.

A Nvidia afirma que o uso de pequenas quantidades de chips antigos e de segunda mão não representa riscos à segurança nacional ou viabiliza novas capacidades.

Simultaneamente, os militares chineses aumentaram a contratação de empresas que usam exclusivamente hardware de fabricação nacional, como os chips de IA da Huawei. Essa mudança coincide com a campanha de Pequim para que empresas domésticas utilizem tecnologia made in China, refletindo a busca pela “soberania algorítmica” – a redução da dependência tecnológica ocidental e o fortalecimento do controle sobre a infraestrutura digital crítica.

  • DeepSeek em Foco: O modelo DeepSeek demonstrou alta popularidade. Foi referenciado em mais de uma dúzia de licitações do ELP registradas em 2025, superando a rival doméstica Qwen, da Alibaba, que apareceu em apenas uma licitação.

Planejamento e Aplicações Estratégicas com IA (H2)

A China está focando em diversas aplicações futuristas de IA Chinesa Militar:

  • Cães Robóticos e Drones: O ELP lançou licitações para cães-robôs com IA para reconhecimento e eliminação de riscos, além de desenvolver tecnologia para enxames de drones que rastreiam alvos de forma autônoma.
  • Decisão em Tempo Real: Pesquisadores chineses relataram que um sistema com tecnologia DeepSeek foi capaz de avaliar $10.000$ cenários de campo de batalha em apenas 48 segundos. Isso contrasta com as 48 horas que uma equipe convencional de planejadores levaria para a mesma tarefa.
  • Reconhecimento de Alvos: Empresas como a Landship Information Technology utilizam IA, construída em chips da Huawei, para identificar alvos rapidamente a partir de imagens de satélite, coordenando-se com radares e aeronaves para a execução de operações.

Armas Cada Vez Mais Autônomas (H3)

Militares chineses investem cada vez mais em tecnologia de campo de batalha autônoma. Licitações e patentes mostram a tentativa de integrar IA em drones para que possam reconhecer e rastrear alvos e operar em formações com mínima intervenção humana. A Universidade Beihang está usando o DeepSeek para melhorar a tomada de decisões de enxames de drones ao mirar em ameaças de baixa altitude.

O esforço para desenvolver uma IA Chinesa Militar avançada e a dependência contínua de hardware estrangeiro, como os chips Nvidia A100 para pesquisa, mostram a complexidade da corrida tecnológica. A China está determinada a diminuir a lacuna e garantir uma vantagem militar estratégica no cenário global.

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