O Ministério da Saúde elaborou diretrizes preliminares sobre a divulgação de informações sobre pacientes com ebola, incluindo as rotas que tomaram dentro ou fora do país, caso ocorra o primeiro surto doméstico da doença viral mortal.
O ministério também elaborou uma política básica sobre a divulgação de informações relacionadas a potenciais surtos de outras doenças infecciosas consideradas graves.
A política básica foi aprovada durante uma reunião de um painel de especialistas na quarta-feira (06), e o ministério pretende torná-la formal em abril, depois de realizar consultas com outros órgãos governamentais, incluindo o Ministério do Transporte.
A política exige o fornecimento de informações ao público sobre surtos, inclusive em locais onde se acredita que os pacientes tenham contraído as doenças, registros de suas atividades durante os períodos em que a transmissão a outras pessoas é possível.
No caso de um surto, o governo divulgará detalhes sobre os pacientes, incluindo sua idade aproximada, sexo e prefeitura. Além disso, anunciará a localização estimada onde ocorreu a infecção, a data e a hora em que os sintomas começaram a aparecer, as rotas de viagens no exterior e qualquer uso dos sistemas de transporte domésticos.
As nacionalidades e ocupações dos pacientes não serão liberadas em princípio. Prefeituras com hospitais que tratam pacientes serão tornadas públicas, mas os nomes dos hospitais individuais serão mantidos em sigilo.
O Ministério da Saúde também planeja elaborar diretrizes para a divulgação de informações relacionadas a doenças como a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e uma nova cepa de influenza.
Em novembro, o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas disse que planeja importar cepas de Ebola e outros quatro vírus mortais para melhorar os processos de detecção em meio a um aumento no número de visitantes estrangeiros. Os patógenos não existem no Japão e nunca foram deliberadamente trazidos para o país.
O instituto diz que ter acesso aos patógenos aumentaria a velocidade e a precisão com que ele poderia identificar uma pessoa infectada e daria a capacidade de realizar testes para avaliar a recuperação.
Os patógenos seriam mantidos no laboratório do instituto na cidade de Musashimurayama, no oeste de Tóquio. O laboratório é o único no Japão classificado como tendo o nível máximo de biossegurança do BSL-4.
Fonte: JIJI, KYODO
https://www.japantimes.co.jp/news/2019/03/07/national/science-health/japan-drafts-guidelines-alerting-public-ebola-patients-travel-routes-case-outbreak/#.XIExAShKjIU.