Descubra por que a ascensão financeira dos dekasseguis em Oizumi, Gunma, está chocando moradores japoneses e como você pode turbinar sua empregabilidade no Japão.
Em Oizumi, Gunma, uma cidade conhecida por sua significativa população estrangeira, uma mudança socioeconômica notável está gerando debates e reflexões entre os moradores japoneses. A crescente visibilidade da prosperidade de muitos expatriados, especialmente dekasseguis, tem provocado surpresa e, por vezes, certo desconforto, redefinindo a dinâmica local.
O Crescimento Estrangeiro e o Impacto nos Negócios Locais
A presença de estrangeiros, em sua maioria dekasseguis, tem sido um pilar fundamental para a economia de Oizumi. Um empresário local de 65 anos, do setor de gás, reconhece abertamente: “É inegável que nossos negócios prosperaram graças aos estrangeiros. Até mesmo aqueles proprietários que inicialmente resistiam, hoje os têm como inquilinos.” Ele enfatiza que, assim como ocorre com os japoneses, a diversidade de clientes estrangeiros é natural, concluindo que “no fundo, não há diferença”.
Apesar dos benefícios econômicos evidentes, alguns moradores japoneses manifestam sentimentos de insegurança ou preferem manter distância. Enquanto uma minoria expressa o desejo de que os estrangeiros partam, a maioria lida com a surpresa de ver dekasseguis dirigindo carros de luxo e comprando casas, um cenário pouco comum no passado. Um balconista local ilustra essa transformação: “Antes, todos os estrangeiros usavam bicicletas. Depois, surgiram os Nissan Silvias e, mais recentemente, Mercedes e BMWs.”
Empregabilidade para Dekasseguis: Desafios e Oportunidades no Japão
A maioria dos estrangeiros em Oizumi atua em contratos temporários ou como estagiários técnicos. Essa realidade, aliada à percepção de uma melhoria no padrão de vida, pode levar alguns japoneses a questionar o nível de rendimento dos expatriados, complexificando a visão sobre a comunidade estrangeira.
Para você, dekassegui no Japão, este cenário oferece tanto desafios quanto grandes oportunidades. A empregabilidade no Japão, especialmente para operários de fábrica, é um ponto crucial para a sustentabilidade do seu projeto de vida.
Os Desafios Atuais da Empregabilidade
O mercado de trabalho japonês para estrangeiros está em constante evolução. A entrada massiva de jovens asiáticos, amparados pelas leis de imigração como 特定技能 (Tokutei Ginou) e 技能実習生 (Ginou Jishusei), eleva a competição. Esses jovens, geralmente na faixa dos 20 anos, solteiros, sem filhos e com nível N4 de japonês, apresentam um perfil altamente competitivo. Além disso, movimentos nacionalistas podem influenciar o endurecimento das leis para estrangeiros.
Maximizando sua Empregabilidade e Visto no Japão
Diante deste cenário, é fundamental que você, dekassegui, invista em sua qualificação e diferenciação.
- Certificações Japonesas: Obter certificações locais, como empilhadeira, solda ou guindaste, são um diferencial enorme. Elas validam suas habilidades e aumentam significativamente seu valor no mercado.
- Proficiência no Idioma Japonês: Melhorar seu nível de conversação, leitura e escrita é crucial. A obtenção de certificados como o JLPT (Japanese Language Proficiency Test) ou J-TEST abre portas para melhores posições e facilita a integração. O domínio do japonês é essencial para a renovação do seu visto de trabalho e para a busca por empregos com mais horas extras.
- Flexibilidade e Redes de Contato: Mantenha-se atento às opções de emprego para mudanças rápidas, se necessário. Construir uma rede de contatos com outros expatriados e japoneses pode ser valioso para identificar novas oportunidades.
A vitalidade dos estrangeiros em Oizumi é inegável. Uma moradora na casa dos 60 anos comenta: “Eles têm vitalidade.” Ela recorda uma Oizumi outrora repleta de famílias japonesas jovens, contrastando com a atual presença de muitas famílias estrangeiras com filhos. A convivência desde cedo também molda percepções. Uma mulher de 30 anos afirma: “Tenho colegas nipo-brasileiros e peruanos desde o ensino fundamental, então dificilmente os vejo como estrangeiros.” Em algumas turmas da Escola Primária Nishi, cerca de 40% dos alunos são estrangeiros.
Katsunori Miyaji, chefe da Associação de Turismo da Cidade de Oizumi, reflete sobre essa integração: “Nas salas de aula, a presença de estrangeiros se tornou normal. Não há necessidade de termos como coexistência multicultural.” Ele acredita que a amizade entre japoneses e estrangeiros é o futuro, embora admita: “Isso não acontecerá da noite para a noite, mas as coisas mudarão com a geração das crianças.”
Para você, dekassegui, investir em sua qualificação e integração cultural não apenas garante sua permanência no Japão, mas também contribui para uma sociedade mais rica e diversa.
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