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Mercados Asiáticos Agitados: Acordos Comerciais e Tarifas em Foco

- 10 de julho de 2025
Descubra como as tarifas dos EUA impactam os mercados asiáticos, com Japão e Coreia do Sul negociando acordos comerciais e a China enfrentando pressões.

Descubra como as tarifas dos EUA impactam os mercados asiáticos, com Japão e Coreia do Sul negociando acordos comerciais e a China enfrentando pressões.

As ações na Ásia apresentaram um comportamento misto na quarta-feira, refletindo a volatilidade de Wall Street e a intensa campanha do governo Trump por acordos comerciais mais favoráveis globalmente. Esse cenário impacta diretamente economias como as do Japão e Coreia do Sul, que buscam evitar o aumento de tarifas dos EUA.

Impacto das Tarifas Americanas na Ásia

Tóquio e Seul estão em negociações intensas com os Estados Unidos para selar acordos comerciais antes que novas e mais altas tarifas americanas entrem em vigor em 1º de agosto. A expectativa é que essas nações busquem isenções para setores cruciais como automóveis e aço, embora Washington se mostre inflexível. Stephen Innes, da SPI Asset Management, destaca que as “exclusões setoriais continuam sendo o terreno mais espinhoso”, e que é “improvável que Washington se curve”.

  • Nikkei 225 do Japão: Alta de 0,2%, atingindo 39.764,02 pontos.
  • Kospi da Coreia do Sul: Avanço de 0,5%, fechando em 3.132,02 pontos.

China em Meio à Turbulência Comercial

Enquanto Japão e Coreia do Sul lidam com a pressão tarifária, os mercados chineses exibiram um desempenho dividido. A guerra comercial em curso, com as tentativas dos EUA de isolar a China de parceiros comerciais e cadeias de suprimentos, continua a reverberar nos ecossistemas industriais globais.

  • Índice Hang Seng de Hong Kong: Queda de 0,7%, para 23.970,39 pontos.
  • Índice Composto de Xangai: Alta de 0,3%, para 3.507,69 pontos.

Cenário Econômico Amplo

A Austrália e a Índia também sentiram o impacto da incerteza econômica. O S&P/ASX 200 australiano recuou 0,4%, para 8.559,30, e o BSE Sensex da Índia teve uma queda de 0,2%, para 83.570,86. No mercado de commodities, os preços do petróleo caíram, enquanto o dólar se fortaleceu em relação ao iene e ao euro, um reflexo da busca por segurança em momentos de instabilidade.

A Reação de Wall Street e o Perigo da Retaliação Chinesa

Em Wall Street, o S&P 500 registrou uma queda de 0,1% na terça-feira, após a maior perda desde meados de junho. O Dow Jones Industrial Average recuou 0,4%, enquanto o Nasdaq Composite teve um ganho marginal de menos de 0,1%. Essa lentidão nas negociações ocorreu após a decisão do governo Trump de impor novas tarifas de importação a diversos países, programadas para o próximo mês.

Analistas do Mizuho Bank alertam que os prazos tarifários desviam a atenção de tarifas setoriais “muito mais consequentes e convenientes”, que visam isolar a China. Eles enfatizam que o “verdadeiro perigo é subestimar as consequências quando (em vez de se) a China revidar” contra os EUA e seus aliados.

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