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Monte Everest, Crescimento Contínuo e Dinâmica Geológica

- 19 de outubro de 2024

Evolução Geológica do Everest: Impacto dos Rios Kosi e Arun. Saiba como a fusão de sistemas fluviais influencia a elevação do Everest.

O Monte Everest, a montanha mais alta do mundo com 8,85 quilômetros acima do nível do mar, continua a crescer. Este crescimento incessante do Everest e do Himalaia remonta a cerca de 50 milhões de anos, quando o subcontinente indiano colidiu com a Eurásia. No entanto, o Everest está crescendo mais do que o esperado devido a um fenômeno geológico chamado rebote isostático, impulsionado pela fusão de dois sistemas fluviais próximos, o rio Kosi e o rio Arun, há cerca de 89.000 anos.

Os cientistas estimam que essa fusão resultou em um aumento de 15 a 50 metros na altura do Everest, com uma taxa de elevação de aproximadamente 0,2 a 0,5 milímetros por ano. O rebote isostático ocorre quando a crosta terrestre, a camada mais externa da Terra, se eleva devido à redução de peso na superfície, semelhante a um barco que sobe na água quando a carga é removida.

O geocientista Jin-Gen Dai, da Universidade Chinesa de Geociências em Pequim, explica que a remoção de grandes quantidades de rocha e solo devido à erosão acelerada reduziu o peso da região próxima ao Everest, permitindo que a crosta terrestre se elevasse. Este processo geológico não é exclusivo do Himalaia; um exemplo clássico é a Escandinávia, onde a terra ainda está subindo em resposta ao derretimento de camadas de gelo da última Era Glacial.

Pesquisadores, incluindo Adam Smith da University College London, usaram modelos numéricos para simular a evolução do sistema fluvial e estimaram que o rebote isostático contribui com cerca de 10% da taxa anual de elevação do Everest. A elevação contínua do Everest supera a erosão da superfície causada por vento, chuva e rios. Picos vizinhos, como Lhotse e Makalu, também experimentam elevação devido ao mesmo processo.

Esta pesquisa destaca a natureza dinâmica da Terra, mostrando que até mesmo o Monte Everest, aparentemente imutável, está sujeito a mudanças geológicas contínuas. O Everest, conhecido como Sagarmatha em nepalês e Chomolungma em tibetano, está localizado na fronteira entre o Nepal e a Região Autônoma do Tibete da China. Nomeado em homenagem a George Everest, o pico simboliza tanto um desafio físico quanto cultural, sendo sagrado para as comunidades locais e um símbolo global de resistência humana.

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