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Mulher de 77 Anos é Condenada por Ajudar Suspeito de Drogas com Ligações à Yakuza

- 24 de setembro de 2024

Proprietária de Apartamentos Yakuza: Tribunal de Tóquio Determina Sentença Suspensa.

TÓQUIO — Em agosto, uma mulher de 77 anos compareceu ao tribunal, acusada de ser cúmplice na fuga de um suspeito de crime de drogas com ligações a um grupo yakuza. A mulher, proprietária de cerca de 30 prédios de apartamentos na Prefeitura de Saitama, ao norte de Tóquio, foi condenada a um ano de prisão, pena suspensa por três anos. O tribunal em 11 de setembro determinou a sentença.

Contexto do Caso

A mulher aluga quartos para pessoas que têm dificuldade em encontrar moradia em outros lugares, e algumas de suas propriedades foram apelidadas de “apartamentos yakuza” pelos moradores locais. No Japão, é ilegal ter qualquer tipo de negócio com membros conhecidos da yakuza. Então, por que ela permitiu que qualquer um se mudasse para seus apartamentos?

O Incidente

Em 9 de agosto, durante sua primeira audiência de julgamento na Sala de Audiências nº 706 do Tribunal Distrital de Tóquio, a mulher, que tinha contatos próximos com grupos yakuza, foi descrita como uma senhora pequena com cabelos grisalhos e olhos lindos, desafiando a imagem preconcebida de alguém envolvido com o crime organizado.

De acordo com a acusação, um investigador do Departamento de Polícia Metropolitana contatou a proprietária em 17 de fevereiro, pedindo uma chave duplicada do apartamento de um inquilino. Cinco minutos depois, ela ligou para o homem, perguntando: “Você está fazendo algo ilegal? Se estiver, corra.” O homem era um associado da yakuza procurado por suspeita de violar as leis de drogas do Japão.

Declarações e Testemunhos

A mulher admitiu as acusações, afirmando: “É basicamente verdade”. Os promotores revelaram que o suspeito de tráfico de drogas havia se mudado para o apartamento por meio de uma apresentação de um membro sênior de um sindicato do crime. O histórico de chamadas do celular da mulher também incluía o nome de outro indivíduo próximo a outro grupo yakuza.

Seu segundo filho testemunhou no tribunal, dizendo: “Minha mãe cuidou bem de seus parentes e de outras pessoas, apresentando empregos para inquilinos que recebiam assistência social e dando-lhes despesas de subsistência caso não pudessem trabalhar”.

Durante seu próprio interrogatório, a mulher explicou que não sabia que o homem era um yakuza e que ele parecia ter dificuldades para ganhar a vida devido à hepatite C. Ela afirmou que pensou que ele poderia estar envolvido com drogas ilegais e sentiu que seria lamentável para ele ser pego.

Sentença e Reflexões

Os promotores pediram um ano de prisão, alegando que a ré “tinha relacionamentos com muitos indivíduos relacionados a sindicatos do crime e se envolveu ativamente neste crime por iniciativa própria”. O julgamento foi concluído em um dia.

História de Vida e Negócio Imobiliário

No final de agosto, a proprietária compartilhou mais sobre seu passado. Ela começou seu negócio imobiliário há quase 40 anos, após se divorciar e criar três filhos pequenos enquanto administrava um pequeno restaurante. Com o tempo, ela comprou um prédio de apartamentos de segunda mão e entrou no ramo imobiliário.

Ela começou a alugar para idosos, ex-presidiários, funcionários de sex shops e estrangeiros que não podiam pagar fiadores. Muitas vezes, ela não cobrava aluguel pelos dois primeiros meses e deixava pessoas necessitadas morarem nos apartamentos sem fazer triagem.

Relação com Inquilinos Yakuza

A mulher sabia que algumas de suas propriedades eram chamadas de “apartamentos yakuza” devido aos problemas causados por alguns inquilinos. No entanto, ela declarou que não dava tratamento especial a nenhum inquilino, mesmo que eles estivessem perto de sindicatos do crime, e lidava com cada inquilino individualmente.

Após o incidente, ela pediu que todos os inquilinos relacionados a gangues fossem embora. Apenas alguns estavam nessa categoria, e eles saíram, dizendo que tinham causado problemas para a “tia senhoria”.

Perspectivas Finais

Quando questionada sobre como se sentia antes da decisão de 11 de setembro, ela disse: “Quando vejo as pessoas se recuperando, não consigo desistir da maneira como faço negócios. Se houver alguém em necessidade, vou ajudá-lo o máximo que puder”. Ela prometeu não ser mais um fardo para a polícia, mostrando uma expressão brincalhona bem diferente daquela que tinha no tribunal.

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