
Com a repercussão atual sobre as taxas de natalidade e mortalidade no Japão, o papel da mulher na sociedade patriarcal do japão, se tornou ainda mais definido e a decisão das mulheres modernas, de não casar e ter filhos, se tornou alvo das mídias e da política, de maneira negativa.
O discurso de um dos integrantes do partido liberal democrata (LDP), Kanji Kato, está sendo acusado de sexismo por afirmar que as mulheres jovens devem ter filhos, para não serem um peso morto para o estado.
Ele ainda complementou dizendo que as mulheres deviam ter pelo menos três filhos.
Após a repercussão negativa, Kato se desculpou, mas o seu modo de pensar ainda pode ter influências sobre a população.
Mas afinal a culpa é da mulher, por optar não ter filhos? O que está por trás destes dados? O que está sendo feito a respeito? Como é o ambiente de trabalho para a mulher?
Apesar do incentivo atual, para a entrada de mulheres no mercado de trabalho, ainda há pouca mobilidade para evitar o assédio sobre a maternidade nas empresas e o machismo por parte dos colegas de profissão.
No Japão ainda é adotado políticas de trabalho, onde a experiência e a hierarquia social, ainda são muito importantes dentro das empresas. Então dificilmente conseguimos ver uma jovem com seus 20 e poucos anos, ocupando cargos líderes nas empresas.
Além disso, ainda há muita hostilidade para funcionárias que engravidam. O assédio fica cada vez mais pesado com o tempo, até que a funcionária peça demissão e perca seus direitos trabalhistas.
Muitas são silenciadas e não falam por medo da repercussão social e sua reputação que ainda piora por ela ser mulher.
Se há filhos, a mulher sofre ainda mais problemas de ingressar no mercado de trabalho e seu sonho de independência e construção de carreira, fica ainda mais inalcançável.
Aliás, não só mulher solteira com filho passam por esse tipo de discriminação. Pais também sofrem, mas sabemos que é bem menos.
via: coisasdojapao