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O Japão exige fim de voos de caças chineses perto de aeronaves japonesas

- 14 de julho de 2025
O Japão exige que a China pare voos perigosos de caças perto de suas aeronaves de inteligência, alertando para risco de colisões. Entenda as tensões e os impactos nas relações sino-japonesas.

O Japão exige que a China pare voos perigosos de caças perto de suas aeronaves de inteligência, alertando para risco de colisões. Entenda as tensões e os impactos nas relações sino-japonesas.

O Japão fez um apelo urgente para que a China encerre a prática de voos de caças em proximidade perigosa com suas aeronaves de coleta de inteligência. As autoridades japonesas alertam que esses incidentes, que se repetem, podem levar a colisões acidentais. Este alerta sublinha a crescente preocupação do Japão com a intensificação da atividade militar chinesa na região, especialmente nas áreas sudoeste do Japão.

Incidentes Recentes e Preocupações Diplomaticas

O Ministério da Defesa do Japão revelou que um caça-bombardeiro chinês JH-7 chegou a 30 metros de uma aeronave de inteligência eletrônica japonesa YS-11EB da Força Aérea de Autodefesa. Os incidentes ocorreram em dois dias consecutivos – quarta e quinta-feira – sobre o Mar da China Oriental, fora do espaço aéreo japonês. Apesar de não ter havido danos imediatos, a proximidade extrema levanta sérias questões sobre a segurança e a conduta operacional.

Até o momento, a China não se manifestou sobre os incidentes mais recentes. No entanto, em ocasiões anteriores, Pequim acusou o Japão de espionagem e voos próximos às suas próprias aeronaves, exigindo o fim de tais ações. Essa troca de acusações ressalta a complexidade das relações e a disputa por influência na região.

O vice-ministro das Relações Exteriores do Japão, Takehiro Funakoshi, expressou “séria preocupação” ao embaixador chinês no Japão, Wu Jianghao, e solicitou enfaticamente que Pequim interrompa a atividade que pode “provocar colisões acidentais”. A mensagem japonesa foi clara: é crucial que ações similares não se repitam.

Incidentes de voos próximos também foram relatados no mês anterior, quando o Japão apontou que uma aeronave de combate chinesa se aproximou perigosamente de uma aeronave de vigilância P-3C da Marinha japonesa sobre o Oceano Pacífico. Este evento coincidiu com a observação de dois porta-aviões chineses operando juntos pela primeira vez na região, indicando uma expansão das capacidades e da presença naval chinesa.

Relações Econômicas em Meio a Tensões

Curiosamente, esses incidentes aéreos ocorrem em um momento em que os laços econômicos entre Japão e China parecem estar em um período de reaquecimento, enquanto ambos os países enfrentam as pressões da guerra tarifária dos EUA.

Recentemente, o Japão anunciou o início de um acordo de saúde animal e quarentena com a China, abrindo caminho para a retomada das exportações de carne bovina japonesa para o mercado chinês. A proibição, que estava em vigor desde 2001 devido a um surto de doença da vaca louca no Japão, é um marco significativo para o setor agrícola japonês, embora o cronograma exato para o reinício das exportações ainda seja incerto.

Este acordo comercial segue-se à decisão da China de suspender parcialmente uma proibição de 22 meses às importações de frutos do mar japoneses. Essa proibição foi imposta após o Japão iniciar a descarga de águas residuais radioativas tratadas da usina nuclear de Fukushima, que foi danificada pelo tsunami em 2011. Desde então, a China aprovou o registro de três novos exportadores japoneses de frutos do mar, indicando um passo em direção à normalização das relações comerciais.

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