
Na quarta-feira (15) a província de Okinawa completou 47 anos desde que foi devolvida ao Japão.
O território ficou sob domínio americano após a Segunda Guerra Mundial e foi oficialmente devolvida ao Japão em 1972.
Desde então, Okinawa se tornou uma das regiões do Japão com o maior crescimento econômico, alavancado por obras de infraestrutura realizadas pelo governo central de Tóquio, junto do forte turismo vindo de outras regiões do país e do exterior.
No ano fiscal de 2018, o número de turistas na província foi de 9,99 milhões de pessoas, um número 18 vezes maior comparado ao primeiro ano do retorno de Okinawa para o Japão.
A província também é uma das que menos sofre com a baixa taxa de natalidade que assola o Japão, embora o quadro esteja mudando aos poucos, com o desenvolvimento econômico da região.
No entanto, o grande dilema de Okinawa é a de ser uma região submissa aos interesses americanos e japoneses. Cerca de 70% das bases militares dos EUA no Japão estão em Okinawa.
A população de Okinawa sofre também com casos de violência física e estupros por parte de soldados americanos, que muitas vezes não são devidamente punidos, nem pelo governo americano, nem pelo governo japonês.
O desejo dos cidadãos de Okinawa é que o peso de manter as bases americanas em território japonês seja dividido por igual entre Okinawa e a “ilha principal” (modo como os okinawanos se referem ao resto do arquipélago japonês). No entanto, a situação não parece próxima de um fim.
O governo japonês segue com as obras de transferência da base de Futenma para Henoko, projeto que encontra forte resistência do governo de Okinawa e da população local. Os moradores não querem uma nova base, mas sim a saída das tropas americanas da região.
A próxima década será decisiva para a província mais tropical do Japão.
Fonte: Mundo-Nipo