Shedeon de Souza é agricultor há 14 anos, e afirma nunca ter visto algo igual.
“Perdi quase tudo. Normalmente, a gente consegue plantar quatro hectares de verduras. No ano passado não chegou a dois hectares. Tinha de usar só metade da água que a gente precisava. Foi uma tristeza. Estou aqui há 14 anos. Nunca vi nada igual”, contou o agricultor Shedeon de Souza Nascimento, que há um ano, sentiu as grandes consequências da seca em sua lavoura.
A represa do Descoberto localizada a 50 km de Brasília, responsável pela irrigação da lavoura de Sheldeon, no ano passado atingiu apenas 5,3% do volume útil, sendo este o pior nível da seca que se iniciou há 31 anos. Nos últimos cinco anos, o nível baixo da represa atingiu o Centro-Oeste e o Nordeste do Brasil.
Especialistas afirmam que a seca pressionará a busca de alternativas para consumo da água e para novas tecnologias. “Sabemos que as áreas com água mais acessível já foram ocupadas e o agronegócio começa a avançar para regiões onde naturalmente haverá mais conflitos. Daí a fiscalização ser essencial”, explicou Sergio Ayrimoraes, superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas.
“Neste ano de 2018 já houve sinais de melhora, tivemos algumas ações de infraestrutura. Devemos passar um 2019 sem sustos, mas o alerta deve ser constante.” declarou Ayrimoraes sobre o cenário mais promissor para 2019.
Fonte: UOL
https://noticias.uol.com.br/m eio-ambiente/ultimas-noticias/ag-estado/2018/12/18/perdi-quase-tudo-diz-pequeno-agricultor-atingido-por-seca-historica.htm.