199 visualizações 3 min 0 Comentário

Preservação dos sanatórios japoneses é essencial para manter viva a memória da hanseníase

- 2 de setembro de 2025
Preservação dos sanatórios japoneses é urgente para proteger a história da hanseníase e combater o esquecimento social.

Preservação dos sanatórios japoneses é urgente para proteger a história da hanseníase e combater o esquecimento social.

A preservação dos sanatórios japoneses dedicados ao tratamento da hanseníase tornou-se um desafio urgente. Com o envelhecimento dos moradores e a diminuição de sua população, iniciativas como a do Sanatório Nacional Tama Zensho-en, em Higashimurayama, Tóquio, ganham relevância histórica e social.

Memória viva da segregação forçada

Moradores e apoiadores do Tama Zensho-en elaboraram uma proposta de preservação para garantir que as futuras gerações conheçam a história da discriminação sofrida por pacientes com hanseníase. A urgência é clara: muitos residentes têm idade avançada e temem que decisões tardias comprometam a memória do local.

Zensho-en como lar e símbolo de resistência

Yoshio Yamaoka, líder da associação de moradores, compartilha sua trajetória marcada pela segregação e superação. Diagnosticado na infância, viveu em diversos leprosários antes de retornar ao Zensho-en em busca de segurança médica. Para ele e muitos outros, o sanatório representa mais que um abrigo: é um símbolo de pertencimento.

Infraestrutura histórica em risco

O sanatório ocupa uma área de 35 hectares e abriga construções como centro médico, igreja, templo, columbário e áreas arborizadas com cerejeiras plantadas pelos próprios moradores. No auge, abrigava mais de 1.500 pacientes. Hoje, restam apenas 85, com média de idade de 88 anos.

Museu e plano de preservação

Ao lado do sanatório, o Museu Nacional da Hanseníase reforça a importância de manter viva essa história. Um comitê formado por moradores, autoridades locais e o governo propôs dividir o espaço em três zonas: residencial, médica e parque público. A proposta visa preservar o local e ampliar a conscientização sobre a hanseníase.

Obstáculos à preservação

Apesar da proposta, medidas práticas ainda são escassas. Estruturas antigas foram demolidas, e locais simbólicos como a colina da memória estão interditados. A separação entre estado e religião também dificulta a preservação de templos e igrejas.

Chamado à ação

Especialistas como a professora Ai Kawasaki alertam para a urgência de ouvir os moradores e implementar ações concretas. O tempo é curto, e a preservação dos sanatórios japoneses é vital para impedir que a história da hanseníase caia no esquecimento.

Logotipo Mundo-Nipo
Autor

**Portal Mundo-Nipo**
Sucursal Japão

Comentários estão fechados.