A Polícia de Osaka prendeu e encaminhou ao Ministério Público duas mulheres vietnamitas por tráfico internacional de drogas. Elas tentaram entrar no Japão pelo Aeroporto de Kansai com 31,1 kg de cannabis seca (avaliados em 150 milhões de ienes) vindos da Tailândia. A carga, escondida em quatro malas, representa a maior apreensão da história do aeroporto.
O governo japonês, sob a liderança da primeira-ministra Sanae Takaichi, iniciou discussões formais para endurecer as políticas de imigração no Japão. Um painel de especialistas foi encarregado de finalizar novas diretrizes até janeiro de 2026, visando aliviar “ansiedades públicas”. O plano inclui limitar o número de admissões no país, afetando diretamente vistos de trabalho essenciais. Além dos já controlados vistos de “Trabalhador Qualificado Específico”, o governo considera impor tetos ao popular visto de “Engenheiro/Especialista em Ciências Humanas”, citando o uso indevido dessa categoria para trabalhos não qualificados. A medida reflete pressões políticas da coalizão governista e crescentes tensões sociais, apesar da necessidade econômica de mão de obra estrangeira.
O Tribunal Superior de Tóquio decidiu que a atual proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo no Japão é constitucional, divergindo de várias outras decisões judiciais recentes no país que consideraram a proibição uma violação dos direitos fundamentais. A juíza argumentou que o sistema atual visa proteger o ambiente de criação dos filhos e que a definição de “marido e mulher” se mantém. No entanto, o tribunal alertou que a inação do parlamento sobre o tema pode levar a futuras violações de igualdade, enquanto o Japão permanece como o único país do G7 sem reconhecimento legal para uniões homoafetivas.
A Embaixada da China no Japão emitiu um alerta recomendando que seus cidadãos evitem viajar ao país, citando um aumento nos relatos de discriminação e preocupações com a segurança desde julho, especialmente em novembro. A embaixada pediu cautela extra aos chineses já residentes no Japão, embora não tenha fornecido detalhes específicos ou números dos incidentes. O governo japonês rejeitou as alegações, afirmando que a segurança pública no país permanece estável e segura para todos os visitantes.
Uma idosa sem registro familiar foi encontrada morta de fome em Osaka, revelando o grave problema das pessoas legalmente “invisíveis” no Japão. Cerca de 10.000 indivíduos no país não possuem o koseki (registro familiar), o que os impede de acessar serviços básicos como saúde e assistência social, além de dificultar a obtenção de emprego formal. A tragédia destaca a rigidez burocrática do sistema e a necessidade urgente de mecanismos de apoio para evitar que essa população marginalizada sofra sem auxílio.
Após 40 anos de um embargo não oficial, o filme “Mishima: Uma Vida em Quatro Capítulos”, dirigido por Paul Schrader, foi finalmente exibido no Japão durante o Festival Internacional de Cinema de Tóquio. A obra, que retrata a vida e o suicídio ritual do escritor Yukio Mishima, foi considerada um tabu no país por décadas, enfrentando oposição da viúva do autor e ameaças de grupos políticos de direita. O sucesso da exibição recente, com ingressos esgotados em minutos, indica uma mudança na percepção cultural sobre o tema e gerou pedidos para um lançamento comercial amplo.