A crise do coronavírus fez das máscaras cirúrgicas a mercadoria mais rara no Japão.
Os varejistas começaram a postar avisos na entrada de suas lojas, informando a todos que os estoques estão esgotados, a fim de evitar que os clientes exigissem que a equipe de vendas fosse obrigada a verificar o galpão da loja, para ter certeza de que não havia nenhuma mercadoria.
A situação ficou tão ruim, que um número assustador de roubos e brigas estão ocorrendo no país, fazendo com que algumas pessoas recorram a meios extremos para obter máscaras.
No entanto, o objetivo dessas pessoas provavelmente não é garantir um suprimento de uso pessoal, mas revendê-los a preços muito altos em leilões e lojas online.
Por conta disso, o governo japonês está prestes a acabar com as revendas, declarando uma potencial punição, que pode gerar longas penas de prisão para aqueles que ignoram a restrição.
Nesta semana, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar ordenou que os fabricantes e importadores de máscaras vendessem quatro milhões de máscaras para o ministério, que as distribuirá às famílias das cidades de Naka-Furano e Kitami, em Hokkaido, duas comunidades de alto risco.
A lei também dá ao governo japonês a autoridade para proibir a revenda de máscaras, que deve ser exercida na próxima semana. É claro que, uma proibição sem punição não fará nada, mas o artigo 26 da lei permite que a punição para revendedores seja tão alta quanto uma multa de três milhões de ienes ou até cinco anos de prisão.
Nenhuma penalidade específica foi descrita para aqueles que tentam comprar máscaras revendidas, mas se o vendedor for pego, o comprador não receberá a mercadoria e provavelmente não deve esperar um reembolso, portanto, a melhor aposta provavelmente ainda será a de verificar a disponibilidade nas lojas reais.
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