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Suicídio de Trabalhador com Dois Empregos Reconhecido como Morte Relacionada ao Trabalho no Japão

- 25 de dezembro de 2024

Karoshi: A Realidade do Excesso de Trabalho e Seus Impactos. Descubra como a legislação japonesa está lidando com mortes por excesso de trabalho.

Pela primeira vez, o suicídio de um trabalhador com dois empregos foi reconhecido como uma morte relacionada ao trabalho no Japão, devido ao estresse psicológico combinado de ambos os locais de trabalho. O homem, de 60 anos, da Prefeitura de Aichi, era engenheiro na Pasco Corp. e pesquisador na Universidade de Gifu, e tirou sua própria vida em maio de 2021.

Em 2020, uma revisão legal permitiu a avaliação conjunta de estresse psicológico e horas de trabalho em múltiplos empregos para reconhecer casos de “karoshi”, ou morte por excesso de trabalho. Este reconhecimento permitirá que a família do falecido receba indenização por acidente de trabalho.

Especialistas destacam os riscos do emprego duplo, especialmente à medida que o governo japonês promove essa prática para fomentar a inovação tecnológica. Desde 2017, o número de pessoas com dois empregos aumentou significativamente, refletindo uma mudança nas diretrizes governamentais que agora incentivam empregos paralelos.

O caso do homem de Aichi ressalta a necessidade de proteger a saúde dos trabalhadores com múltiplos empregos. Yuichiro Mizumachi, professor de direito trabalhista, enfatiza que muitas empresas não monitoram adequadamente o emprego secundário de seus funcionários, o que pode levar a um aumento do estresse e riscos à saúde.

Além disso, muitos trabalhadores enfrentam dificuldades financeiras, como um homem de 52 anos de Osaka, que trabalha em dois empregos para sustentar sua família. A estrutura de seu emprego impede o pagamento de horas extras, apesar de exceder o limite legal de horas de trabalho.

A relutância das empresas em pagar horas extras e a dependência de auto-relatos dos trabalhadores sobre suas condições de trabalho são questões que precisam ser abordadas. Especialistas como Yoshihide Tachino, advogado da família do homem de Aichi, pedem que o governo melhore as práticas de prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.

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