O superávit em conta corrente do Japão mais que triplicou em julho em relação ao ano anterior, para 2,77 trilhões de ienes (US$ 19 bilhões), um recorde para o mês, impulsionado pela queda dos preços do petróleo bruto que ajudou a reduzir as importações, mostraram dados do governo na sexta-feira.
O saldo da conta corrente, um dos indicadores mais amplos do comércio internacional, permaneceu no azul pelo sexto mês consecutivo, também impulsionado pelo aumento de visitantes estrangeiros no país, segundo o Ministério das Finanças.
O Japão registou um excedente comercial de bens de 68,2 mil milhões de ienes, uma reviravolta face ao elevado déficit de 1,18 bilhões de ienes do ano anterior, com as importações a encolherem 13,3%, para 8,49 bilhões de ienes, face à queda dos preços do petróleo bruto e de outros combustíveis.
As exportações caíram 0,6%, para 8,56 trilhões de ienes, parcialmente afetadas pelo declínio nas remessas de equipamentos para fabricação de semicondutores.
A renda primária, que reflete os retornos dos investimentos no exterior, registrou um superávit de 3,58 trilhões de ienes, um aumento de 15,7%, impulsionado pelos rendimentos dos investimentos em títulos, disse o ministério.
O excedente de viagens do Japão atingiu 336,8 mil milhões de ienes, o maior para julho desde que dados comparáveis foram disponibilizados em 1996. O saldo positivo em turismo aponta que o montante de dinheiro gasto pelos visitantes estrangeiros no Japão excede o gasto pelos japoneses no estrangeiro.
O número de visitantes estrangeiros tem aumentado, com o Japão a assistir a um renascimento do turismo receptivo nos últimos meses, após a flexibilização das medidas de controle fronteiriço relacionadas com a COVID.
O défice comercial de serviços do Japão diminuiu 34,2%, para ¥ 535,5 mil milhões.
Portal Mundo-Nipo
Sucursal Japão – Tóquio
Jonathan Miyata