A renúncia do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, provocou forte queda do iene e aumentou a volatilidade nos mercados globais. Investidores avaliam os impactos da sucessão política no Japão e os dados fracos de emprego nos EUA, que pressionam o Federal Reserve por cortes de juros.
Em julho, os salários reais no Japão cresceram pela primeira vez em sete meses, impulsionados por bônus de verão. Apesar do aumento, a inflação elevada continua pressionando o consumo das famílias e gera incertezas sobre a política monetária do Banco do Japão. O consumo doméstico também cresceu, mas ainda abaixo das expectativas do mercado.
O rendimento do título japonês de 10 anos atingiu 1,61% em 22 de agosto, o maior nível desde 2008. A alta reflete expectativas de que o Banco do Japão poderá elevar novamente a taxa de juros, marcando uma possível mudança na política monetária do país.
As exportações do Japão registraram em julho sua maior queda em quatro anos, impactadas pelas tarifas dos EUA sobre veículos, autopeças e aço. A retração levanta preocupações sobre o crescimento econômico japonês e a postura futura do Banco do Japão. Importações também caíram, resultando em déficit comercial.
As novas notas no Japão, após um ano de emissão, circulam em ritmo mais lento do que o esperado, representando apenas 30% do total. Essa baixa adesão contrasta com a introdução de cédulas anteriores e é atribuída principalmente ao avanço dos pagamentos digitais e ao aumento de dinheiro guardado em casa devido às baixas taxas de juros. Apesar da crescente preferência por transações via cartão e QR Code, especialistas preveem que as cédulas, com suas novas medidas antifalsificação, continuarão a ter relevância na sociedade japonesa, especialmente em situações de falha de sistema ou desastres.
A inflação no Japão desacelerou para 3,0% em fevereiro, com a retomada dos subsídios estatais para contas de serviços públicos. Os dados do IPC refletem uma tendência de abrandamento nos preços ao consumidor.