O texto explora o paradoxo da criminalidade entre descendentes de japoneses (nikkeis) que migram do Brasil para o Japão como dekasegis. Analisa como o nikkei, respeitado no Brasil, é rebaixado a gaijin (estrangeiro) e a trabalhos de segunda classe no Japão, resultando em uma profunda crise de identidade e isolamento social. O artigo sugere que essa perda de status social, combinada com a pressão financeira e o fenômeno da anomia (ausência de normas), pode ser o gatilho que transforma o cidadão exemplar em criminoso, levantando o debate se o ambiente ou o caráter é o fator determinante.
