As exportações do Japão registraram em julho sua maior queda em quatro anos, impactadas pelas tarifas dos EUA sobre veículos, autopeças e aço. A retração levanta preocupações sobre o crescimento econômico japonês e a postura futura do Banco do Japão. Importações também caíram, resultando em déficit comercial.
O índice Nikkei ultrapassou 43.000 ienes pela primeira vez, impulsionado por expectativas de corte nos juros dos EUA e alívio nas tarifas comerciais. Apesar do otimismo, analistas alertam para riscos relacionados à tarifa de 15% ainda vigente e à falta de melhora nos lucros corporativos.
Uma pesquisa da Kyodo News revela uma forte queda na confiança empresarial na economia japonesa. Apenas 33% das principais empresas do país preveem crescimento, uma redução drástica ante os 71% de janeiro. O pessimismo é alimentado por incertezas sobre tarifas comerciais, estagnação salarial frente à inflação e riscos geopolíticos, como uma possível contingência em Taiwan. Apesar de projetarem aumento de lucros, as companhias demonstram preocupação com o futuro econômico.
A taxa de disponibilidade de empregos no Japão registrou a segunda queda mensal consecutiva, refletindo a hesitação das empresas em contratar devido ao aumento de custos. Setores como varejo e manufatura apresentaram retração nas vagas, impactados pela automação e custos de matéria-prima. Em contraste, áreas de tecnologia da informação e pesquisa cresceram. Apesar da menor oferta de vagas, a taxa de desemprego geral permaneceu estável em 2,5%, indicando uma dinâmica complexa e setorial no mercado de trabalho do país.
Este relatório explora a marcante situação econômica, financeira e industrial do Japão no final da década de 1980, os últimos anos da Era Showa. Detalha a ascensão do país como potência global e os desafios emergentes de sua relação com o Ocidente. Uma análise retrospectiva para compreender o cenário que moldou a economia japonesa contemporânea.
O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, declarou sua intenção de permanecer no cargo após a perda de maioria da coalizão governista na eleição para a Câmara Alta. Ele citou a necessidade de estabilidade política para lidar com negociações tarifárias com os EUA, aumento de preços e preparação para desastres naturais. Ishiba reconheceu o resultado severo da eleição, mas enfatizou sua responsabilidade em evitar estagnação na política japonesa e manter a coalizão com o Komeito. Um painel será criado para analisar as causas da derrota eleitoral do PLD.