Em um cenário inusitado em Osaka, um prédio de quatro andares abriga mais de 100 empresas registradas, mas sem funcionários visíveis. Essas “empresas de fachada”, majoritariamente geridas por chineses, têm como objetivo principal a obtenção do visto de gestão empresarial do Japão, um status de residência que permite viver no país mediante investimento ou contratação. A cidade de Osaka tem agido contra essa prática, encerrando pedidos de licenças minpaku em áreas específicas, o que gerou um aumento expressivo nas solicitações de última hora. Críticas à leniência do visto e relatos de que é “fácil” mudar para o Japão circulam, levando a um aumento da exigência de capital para o visto. Essa situação tem gerado preocupação, com alertas de que Tóquio também enfrenta problemas similares, incluindo “migração educacional” por famílias chinesas ricas.
Visto de Negócios e Gestão no Japão Novas Regras e o Combate às Empresas de Fachada
O Japão está implementando medidas rigorosas para coibir o uso indevido do Visto de Negócios e Gestão no Japão. Em meio a investigações em Osaka contra “empresas de fachada” criadas por estrangeiros, majoritariamente chineses, o governo endureceu os requisitos. A partir de 16 de outubro, os solicitantes deverão comprovar $3$ anos de experiência em gestão ou mestrado, e o capital mínimo exigido saltará de ¥5 milhões para ¥30 milhões, além da obrigatoriedade de contratar um funcionário japonês ou residente permanente. As mudanças visam garantir que o visto seja concedido apenas a empreendedores legítimos e mitigar tensões comunitárias, refletindo também o crescente interesse de investidores chineses no mercado imobiliário e na qualidade de vida japonesa.
