A indústria de alimentos no Japão (Bentoya ou Souzai) é considerada a “última opção” de emprego no Japão pelos trabalhadores brasileiros, apesar de oferecer estabilidade anticrise, aceitar idosos e não exigir proficiência em japonês. A rejeição se deve a cinco fatores principais que superam a segurança do emprego no Japão: 1) O ambiente de trabalho em câmaras frias ($5\text{°C}$ a $10\text{°C}$) é insalubre; 2) A disparidade salarial (média de ¥1.050/hora) é inferior à da indústria automotiva (¥1.300+/hora), que ainda oferece prêmio de admissão (Iwaikin); 3) A solidão do calendário (trabalhar em todos os feriados) gera desgaste social; 4) As regras de higiene extrema são vistas como desumanizantes; 5) O trabalho repetitivo e monótono na esteira causa estafa mental. O setor acabou se tornando um refúgio para a terceira idade, mas os jovens preferem o risco da indústria automotiva em troca de melhor salário e liberdade social.
Como a Escassez de microchips e Semicondutores Impactará na Renda dos Dekasseguis
A escassez mundial de chips e semicondutores tem causado um impacto severo nas montadoras japonesas, resultando em redução da produção e aumento de custos. Este cenário afeta diretamente os dekasseguis brasileiros que atuam no setor, principalmente pela diminuição das horas extras, gerando preocupação e instabilidade em seus rendimentos e planos de poupança.
Revisão dos Planos de Produção de Baterias para Veículos Elétricos Impacta Fabricantes no Japão e EUA
A desaceleração global do mercado de veículos elétricos levou a Panasonic a adiar o início da produção completa de sua fábrica de baterias nos EUA, impactada pela queda nas vendas da Tesla. Essa conjuntura, somada a incertezas regulatórias nos EUA e desafios infraestruturais no Japão, tem forçado montadoras japonesas como Toyota, Nissan e Honda a revisarem seus planos de investimento e produção de EVs na América do Norte e em seu país de origem.
Nissan Anuncia Cortes na Produção da Fábrica de Oppama em Meio à Reestruturação Global
A Nissan Motor Co. planeja cortes drásticos na produção de sua principal fábrica em Oppama, Japão, em julho e agosto, devido às fracas vendas do Nissan Note. A medida, que pode reduzir a utilização da capacidade para 20%, é parte de uma reestruturação global que visa fechar sete de suas 17 fábricas até 2027. Apesar do impacto, não haverá demissões, e os funcionários serão realocados. A montadora busca consolidar operações, reduzir a capacidade total e aumentar a eficiência das fábricas restantes para quase 100%.
Restrições de Terras Raras na China Afetam Produção do Suzuki Swift no Japão
A Suzuki Motor suspendeu a produção do subcompacto Swift no Japão devido a restrições de terras raras da China. A medida, que afetou a montadora japonesa pela primeira vez, destaca os desafios da escassez desses materiais e a dependência de cadeias de suprimentos globais. A retomada parcial está prevista para 13 de junho.
