O governo japonês anunciou um novo pacote de apoio para combater a alta nos preços da energia. Entre janeiro e março, residentes receberão subsídios reforçados nas contas de eletricidade e gás, com valores estimados em mais de 3.000 ienes apenas em janeiro. A medida, que supera as previsões iniciais, visa mitigar o impacto da inflação e da desvalorização do iene no orçamento familiar. Saiba os detalhes do pacote econômico e o que esperar para os próximos meses.
A onda de aumentos de preços no Japão ganhou força em outubro, com 3.024 itens de alimentos e bebidas sofrendo reajustes. Essa é a primeira vez que o número ultrapassa 3.000 desde abril. Supermercados em cidades como Nagoya estão lutando para atrasar os aumentos por meio de estoque estratégico. A pressão é sentida pelos consumidores e atinge as máquinas de venda automática, onde a viabilidade do negócio é questionada devido à rápida elevação dos custos e ao aumento de itens para 200 ienes. Especialistas em economia doméstica recomendam estratégias como priorizar marcas próprias e maximizar programas de fidelidade para proteger o orçamento familiar.
O Japão ultrapassará pela primeira vez a marca dos 1.000 ienes por hora no salário mínimo em todas as 47 prefeituras. A medida busca proteger os trabalhadores de baixa renda frente ao aumento do custo de vida. Com aumento médio nacional de 66 ienes, o novo valor será implementado de forma escalonada até março de 2026. Algumas regiões adiaram a adoção total, gerando impactos sobre a renda real dos trabalhadores.
O Japão registra aumentos históricos no salário mínimo, com várias províncias superando as diretrizes nacionais. A inflação elevada e a pressão política, liderada pelo governo do primeiro-ministro Shigeru Ishiba, influenciam as decisões dos conselhos regionais. Apesar disso, muitos painéis mantêm sua independência, destacando a complexidade da política salarial japonesa.
Durante as férias de verão no Japão, a pobreza infantil se intensifica. Organizações como a Kids Door enfrentam aumento na demanda por ajuda alimentar, enquanto famílias relatam escassez de arroz, queda na qualidade das refeições e dificuldades para manter o bem-estar das crianças. A inflação e os empregos temporários agravam a situação, tornando esse período crítico para milhares de famílias em todo o país.
A inflação no Japão continua a reduzir o poder de compra das famílias, mesmo com aumentos salariais nominais. Salários reais caíram 2,9% em maio, marcando o quinto mês consecutivo de queda e a maior desde setembro de 2023, impactando a renda dos trabalhadores.