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Vídeos falsos de tsunami gerados por IA se espalham após terremoto

- 2 de agosto de 2025
Após alerta de tsunami no Japão, aprenda a identificar a onda de desinformação e notícias falsas. Saiba como se proteger de vídeos gerados por IA e conteúdo reciclado.

Após alerta de tsunami no Japão, aprenda a identificar a onda de desinformação e notícias falsas. Saiba como se proteger de vídeos gerados por IA e conteúdo reciclado.

Um grande terremoto na Península de Kamchatka, na Rússia, acendeu os alarmes no Japão, resultando em alertas de tsunami por toda a costa. A situação gerou não apenas ondas reais, como as de mais de um metro no Porto de Kuji, mas também uma perigosa maré de desinformação sobre o tsunami no Japão que inundou as redes sociais, testando a capacidade do público de discernir fatos de ficção.

O Impacto Real do Alerta de Tsunami

Antes mesmo que a desinformação se tornasse a principal ameaça, o impacto físico do alerta foi imediato. O Japão viu seus sistemas de transporte serem paralisados:

  • Linhas de trem, como a JR Tokaido, foram suspensas.
  • O Aeroporto de Sendai teve suas operações temporariamente interrompidas.
  • Cidadãos enfrentaram longos atrasos para voltar para casa, e serviços locais, como academias, cancelaram atividades devido à dificuldade de deslocamento dos funcionários.

A Ameaça Digital Notícias Falsas Inundam as Redes

Em meio à apreensão, a internet se tornou um campo fértil para a disseminação de conteúdo falso. Especialistas alertam que a desinformação sobre o tsunami no Japão se manifestou de duas formas principais.

1. Vídeos Falsos Gerados por Inteligência Artificial

Vídeos sensacionalistas e completamente fabricados viralizaram rapidamente. Um deles, alegando mostrar um “tsunami de 4 metros em Kamchatka”, exibia uma onda gigante atingindo uma praia com palmeiras, um cenário inconsistente com a região.

Isao Echizen, professor do Instituto Nacional de Informática, apontou falhas claras que sugerem o uso de IA generativa para criar essas cenas. “Há figuras humanas que se fundem de repente. As ondas não perdem energia apesar dos obstáculos. O eixo do tempo não é natural”, explicou. Essas inconsistências são a assinatura de uma fabricação digital.

2. Conteúdo Reciclado de Desastres Anteriores

Nem toda notícia falsa é criada por IA. Uma tática comum identificada foi a recontextualização de vídeos antigos. Clipes de desastres passados foram compartilhados como se fossem imagens atuais do evento no Japão ou no Havaí.

Um exemplo notável foi um vídeo de golfinhos encalhados, originalmente postado há dois anos, que ressurgiu com legendas que o conectavam falsamente ao recente alerta de tsunami, enganando milhares de usuários.

Como se Proteger da Desinformação em Meio ao Caos?

A velocidade e o pânico durante desastres naturais tornam a verificação de fatos uma tarefa difícil. Então, como evitar cair em armadilhas digitais? O professor Echizen oferece um guia prático:

  • Desconfie de tudo: Não aceite informações, especialmente as mais chocantes, como verdadeiras sem antes questionar. As redes sociais priorizam o engajamento, não a precisão.
  • Busque fontes oficiais: A informação mais confiável virá sempre de agências governamentais, prefeituras locais e veículos de comunicação estabelecidos e respeitados.
  • Compare informações: Antes de compartilhar, verifique se a mesma notícia está sendo reportada por múltiplas fontes confiáveis.
  • Mantenha a calma: O pânico é o maior inimigo do pensamento crítico. Respirar fundo e analisar a situação com calma pode evitar que você seja enganado e se torne um vetor de desinformação.

Em tempos de crise, a responsabilidade digital é tão crucial quanto a segurança física. Manter uma mentalidade crítica é a melhor defesa contra a onda de desinformação sobre o tsunami no Japão e futuros eventos.

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