
Os jovens japoneses residentes em Tóquio têm se rendido ao visual Cosplay. Na foto está retratada o piquenique num parque de Takadanobaba, localizada em Tóquio.
Saki com cabelo de cor preta, Eri está loira e Mimori de cor turquesa. Os blazers de escola azul claro caracterizam o jogo de smartphone Ensemble Stars. A turma são participantes assíduos de eventos como o Tokyo Cosplay Collection entre outras de menor representatividade.
Cosplay é a junção de “fantasias” e “brincadeiras”, fazem parte deste universo Cosplay os personagens de animes, mangás, videogames, programas de TV e demais mídias.
Os adeptos do mundo Cosplay participam de convenções, rotinas teatrais e revolucionam o comportamento da sociedade vestindo-se no dia a dia de forma diferente aos demais mortais.
Se você se veste de uma maneira um pouco diferente, a personalidade muda com isso”, diz Rio vestida como Kenma Kozume do mangá Haikyu!!
O comportamento Cosplay foi criado pelo jornalista Nobuyuki Takahashi em 1984, passado anos difundiu em nível global.
No dia 27 de julho a 4 de agosto de 2019 será realizado no Japão o World Cosplay Summit. O primeiro evento da série que envolvem shows e desfiles foi realizado em 2003, tem a participação de 42 países. O título do Campeonato Mundial de Cosplay tem o seu desfecho em Nagoya.
Neste evento, os participantes devem estar trajados de roupas feitas à mão e rotinas teatrais de dois minutos e meio no palco em frente a um painel de juízes.
O evento é levado à sério no Japão, a definição dos participantes é iniciada em eliminatórias em Tóquio, Kyushu, Hyogo e Tochigi. O representante é escolhido na Universidade Fuji de Tóquio.
Os cosplayers profissionais criam o seu próprio figurinos, precisam ter habilidades técnicas para desenvolverem o traje, maquiagem, máscara, entre outras coisas. No World Cosplay Summit as equipes são inspecionadas por juízes, sete minutos são destinados para cada equipe para descrever a forma que criaram os trajes.
Os critérios para pontuação da equipe são desempenho, traje e respeito pelo personagem. O item respeito pode ser explicado como paixão pelo personagem.
Um painel separado pré-julga os figurinos de antemão, mas o julgamento não se resume nisso, a performance é pontuada com grande peso no julgamento. “Quando eles balançam a capa, quão gracioso é? A saia gira em um círculo perfeito? Nós premiamos pontos pelos elementos dos figurinos que devem ser vistos”.
Mas nem todos se empenham a este ponto, muitos participantes tem o evento como um hobby, as roupas não são feitas a mão e sim compradas em lojas. A maioria dos participantes são mulheres.
Incidentes de assédio sexual, skinship, fotos sem autorização passaram a ser empecilho ao passar dos anos. Em 2014, no evento New York Comic Com, iniciou-se uma campanha de conscientização, Cosplay Is Not Consent, contribuindo para a mudança de atitudes.
Somos seres humanos. Não tire fotos de mim quando eu tiver com um cheeseburger na boca ou quando me sinto realmente cansado”, disse Chuu, cosplayer profissional desde 2016.
Os cosplayers profissionais geralmente criam e vendem fantasias e objetos por encomenda. Alguns empreendem em canais de YouTube e Instagran. Os cosplayers profissionais vem ocupar o espaço desejado pelos criadores do evento, são amantes deste comportamento, ao invés de modelos de agências contratados.