Maior coleção de peixes da Ćsia estĆ” no JapĆ£o e revela descobertas cientĆficas Ćŗnicas. ConheƧa o Museu da Universidade de Kagoshima.
No sul do JapĆ£o, o Museu da Universidade de Kagoshima abriga uma impressionante coleção de peixes preservados, considerada a maior da Ćsia. Com cerca de 300.000 espĆ©cimes, o acervo Ć© resultado de duas dĆ©cadas de trabalho do taxonomista Hiroyuki Motomura e sua equipe, que se dedicam Ć preservação cientĆfica e Ć pesquisa genĆ©tica de espĆ©cies raras.
š Preservação cientĆfica e legado ecológico
A coleção começou com apenas 16 exemplares em 2005. Hoje, os potes de vidro com peixes imersos em etanol ocupam fileiras inteiras no depósito do museu. Cada espécime é fotografado antes da preservação e tem amostras de carne armazenadas para testes de DNA. Essa prÔtica garante que futuras gerações possam estudar a ecologia e o ambiente de épocas passadas.
š Coleta internacional e desafios diplomĆ”ticos
Motomura e seus alunos exploraram as Ć”guas das Ilhas Ryukyu e viajaram para o Sudeste AsiĆ”tico em busca de novas espĆ©cies. No VietnĆ£, enfrentaram resistĆŖncia das autoridades locais, que inicialmente nĆ£o compreendiam o objetivo cientĆfico da coleta. Após cinco anos de visitas, conseguiram autorização para preservar os peixes.
š¤ Rede colaborativa e apoio voluntĆ”rio
A coleção cresce com a ajuda de colaboradores de todo o Japão, incluindo aquÔrios, pescadores e empresas pesqueiras. Muitos enviam espécies raras ao museu por conta própria. Em troca, recebem anÔlises detalhadas dos estudos realizados. Cerca de 20 voluntÔrios se reúnem semanalmente para ajudar na preparação dos espécimes, um processo que leva cerca de um mês por exemplar.
𧬠Banco de dados e impacto global
Todos os peixes sĆ£o registrados em um banco de dados acessado por instituiƧƵes de pesquisa ao redor do mundo. Anualmente, cerca de 5.000 espĆ©cimes sĆ£o emprestados para estudos cientĆficos. As imagens dos peixes vivos sĆ£o usadas em livros ilustrados e ajudam na identificação de espĆ©cies em casos de intoxicação alimentar.
š Descobertas e educação
Até hoje, 180 novas espécies foram identificadas na coleção. O museu também possui 1.000 espécimes-tipo, fundamentais para a descrição de novas espécies. Embora o acesso ao público seja limitado, visitantes podem solicitar a inspeção dos exemplares. Motomura espera que essa experiência desperte o interesse das crianças pela biodiversidade marinha.


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