O Japão marcou uma queda nos candidatos que buscavam o status de refugiado no ano de 2018, em meio a regras mais rígidas, mostraram dados do governo na quarta-feira (27).
O número de solicitantes caiu aproximadamente 47% em relação ao ano anterior, para 10.493, com 42 pessoas recebendo asilo – de 20 -, disse o Ministério da Justiça.
O Japão viu um aumento acentuado no número de solicitantes de refúgio após uma reforma em 2010 que concedeu permissões de trabalho a candidatos que aguardavam análise do governo por mais de seis meses.
O ministério, no entanto, introduziu um processo mais rigoroso em janeiro do ano passado, dizendo que o sistema de permissão de trabalho foi “mal utilizado” por pessoas que acreditavam que poderiam trabalhar no Japão desde que se candidatasse ao status de refugiado.
Os requerentes de asilo vieram de 74 países no ano passado, disse o ministério. As pessoas do Nepal formaram o maior grupo, seguidas pelas do Sri Lanka, Camboja, Filipinas e Paquistão. Os candidatos das cinco nações caíram 41% em relação a 2017, mas ainda representam cerca de 55% do total.
Em relação as 42 pessoas que receberam asilo, 13 eram da República Democrática do Congo, 5 do Iêmen e 5 da Etiópia, informou o ministério.
Separadamente, as autorizações de residência foram emitidas para 40 pessoas de países como o Paquistão e a Síria, embora não tenham recebido o status de refugiado, disse o ministério.
O ministério também disse que um total de 16.269 pessoas foram deportadas do Japão no ano passado, um aumento de 19% em relação ao ano anterior, devido ao excesso de vistos, participando de outras atividades além das permitidas e outras violações da lei de imigração.
Mais de 60% dos deportados foram confirmados trabalhando ilegalmente, disse o ministério.
Por nacionalidade, o maior grupo era do Vietnã, com 4.395 pessoas, seguido pela China, com 4.185, a Tailândia, com 2.101, e as Filipinas, com 1.692, segundo o ministério.
Fonte: KYODO
https://www.japantimes.co.jp/news/2019/03/27/national/japan-marked-first-fall-asylum-seekers-eight-years-2018-amid-tougher-screening/#.XJu1BphKjIU.