Dois meses após a ascensão da Era Reiwa, a onda de teorias sobre a sucessão imperial e a abdicação do Imperador Emérito Akihito, finalmente se acalmou. Entretanto, ainda há uma questão muito pertinente, que deverá ser revisitada nos próximos meses: a questão de que uma mulher pode ser capaz de ascender ao trono do Crisântemo.
Essa questão releva a validade e significância do bansei ikkei, um conceito baseado na linha ininterrupta de herdeiros do sexo masculino da família imperial e na ideia de que o trono tem sido consistentemente passado de homens para homens em várias gerações, sem exceção.
Alguns argumentam que mulheres não deveriam poder suceder ao trono ou passá-lo para seus filhos. Outros argumentam que ter uma imperatriz é aceitável, desde que ela sirva como interino, ainda passando o trono para a linhagem masculina. Outros acreditam que tanto as imperatrizes como a sucessão feminina, deve ser aceita, a fim de quebrar as tradições antigas.
Segundo uma pesquisa feita pela agência de notícia JiJi Press, cerca de 70% do público prefere ter uma imperatriz e ter sua linhagem transmitida pela linha materna da família.
Em colaboração, uma pesquisa do Jornal Sankei Shimbun, da emissora FNN em maio, mostrou que muitos dos entrevistados não conseguiam discernir entre as duas questões.
Apenas 10% disse estar confiante de que sabiam a diferença.
Outras 20% disseram que não entendiam muito bem.
Afinal, quais são os argumentos e pontos que discordam sobre a sucessão feminina no Japão?