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Cidade japonesa luta para que o brilho do seu Patrimônio cultural não se apague

- 18 de julho de 2019

 

Há cinco anos os moradores de Tomioka, em Gunma, acreditavam que o registro de um marco histórico de transformar o local em um Patrimônio da Humanidade, ajudaria a revigorar a típica cidade regional japonesa, que enfrenta um declínio constante em relação a população.Porém, o otimismo tem se esvaído devido a popularidade do lugar, como destino turístico, estar caindo. 

 Em junho de 2014, quando a UNESCO nomeou o Tomioka Silk Mill a um dos locais relacionados a lista de Patrimônio Mundial, multidões de pessoas na cidade gritaram “Banzai! Banzai!” e desfilou nas ruas ao redor da antiga fábrica de fios de seda, que foi construída no governo da Era Meiji 




 

O número de visitantes ao local chegou a 1.337.720 no ano de 2014, graças à nomeação do local como Patrimônio.  

No entanto, ultimamente a cidade tem visto o número de visitantes caindo em mais de 100.000 a cada ano. No ano de 2018, o número caiu para 519.070, muito abaixo da metade do maior nível de pico. 

“Depois da designação do Patrimônio Cultural, pessoas de fora correram para abrir lojas perto do complexo para atrair turistas”, lembra um garçom da cafeteria local. “Mas muitos já fecharam”. 

Embora o número de visitantes ainda atenda à meta do governo de Tomioka, Masae Okano, da divisão de turismo da cidade, diz que uma queda adicional para cerca de 400 mil, não seria muito bom para a conservação do local, observando que a manutenção do Patrimônio Mundial também é muito cara. 

Após a listagem do local pela UNESCO, a cidade começou a trabalhar na reparação dos edifícios e instalações do local. O projeto deve levar cerca de 30 anos e custará mais de 1 bilhão de ienes por ano, um custo que deverá ser coberto apenas pelas taxas de admissão.  

Esperando muitas pessoas virem de carro, o governo também gastou fundos para expandir o estacionamento do local. A fim de atrair mais visitante, em abril, o governo também montou exposições nas casas onde os trabalhadores do local viviam com a família. 
 

“Destacar instalações e itens que ajudam os visitantes a entender a vida dos trabalhadores na época é o primeiro passo”, diz Okano. 

A casa de armazenamento após os reparos, também poderá, no futuro, ser usada para eventos promocionais, como desfiles de moda. 

Matsubara ainda enfatizou a necessidade de implementar medidas para atrair visitantes e que possam permanecer na cidade por mais tempo, e em consequência gastarem mais. 

“Sem essas medidas, estaremos de mãos atadas”, diz ele. 

Tomioka não é a única cidade japonesa a ter problemas com o seu Patrimônio Mundial.