A IHI Corp. informou nesta sexta-feira (08) que encontrou 211 casos nos quais os motores de aviões foram indevidamente inspecionados nos últimos dois anos, inclusive por trabalhadores não certificados.
Também encontrou casos em que trabalhadores qualificados não seguiram a ordem prescrita na realização de trabalhos de manutenção e onde os inspetores falsificaram as datas de inspeção, de acordo com um relatório provisório divulgado na sexta-feira.
O fornecedor da Boeing e da Airbus SAS disse que a escassez de inspetores e outros fatores levou à má conduta que começou em janeiro de 2017, no mais tardar, em uma fábrica de Tóquio, onde a IHI fornece manutenção para cerca de 100 a 150 motores por ano.
IHI admitiu pela primeira vez a má conduta na terça-feira.
Não há problemas na capacidade e desempenho dos motores afetados, disse a empresa.
O IHI é o mais importante fabricante a se envolver em um escândalo em relação ao controle de qualidade. A Subaru Corp. e a Nissan Motor Co. revelaram que alguns de seus veículos haviam sido inspecionados por trabalhadores não qualificados, enquanto a Kobe Steel Ltd. e a Mitsubishi Materials Corp. admitiram ter fabricado dados de produtos.
A gigante das máquinas examinou cerca de 40.000 registros de inspeção dos últimos dois anos, depois que uma inspeção no local realizada pelo Ministério dos Transportes no início deste ano identificou negligência.
O IHI recebeu um relatório de denúncias em abril do ano passado apontando para possíveis desvios de conduta na inspeção de motores de aeronaves após operações de reparo e manutenção de rotina. Mas a empresa concluiu mais tarde, em sua própria investigação, que nenhum delito foi cometido.
O Ministério do Transporte determinou que oito outras empresas do setor informem, no início de abril, se descobriram desvios de conduta semelhantes.
Fonte: KYODO
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