Os moradores de rua, ou Homeless, como são conhecidos no Japão, ficam nos parques, estradas e no entorno de estações de trem. Shibuya, Shinjuko e Kamagasaki tem o maior número de moradores de rua, mas o problema fica mais evidente nas cidades grandes, como Tóquio, Osaka e Yokohama.
Em dados de 2016, foram registrados cerca de 5,000 homeless em todo o Japão. O governo os ajuda a se recolocarem no mercado de trabalho, como guardas e faxineiros, por exemplo, porém muitos recusam essa ajuda pela vergonha.
Existem abrigos para os homeless, mas não servem como residência fixa, são lugares de reabilitação. Os números de homeless tem caído, segundo as estatísticas, em 2010 eram mais de 10.000 e em 2016 eram 5.000.
Muitos escolheram esse tipo de vida, pois não concordam com o governo japonês. Outros tem algum problema mental ou foram desiludidos com grandes traumas, desenvolvendo depressão e perdendo tudo.
Durante o dia pode ser difícil vê-los nas ruas, muitos se vestem como se fossem trabalhar para não serem identificados.
É durante a noite que é possível ver as pessoas dormindo nas ruas em pequenas cabanas improvisadas ou caixas de papelão.
Eles não costumam pedir dinheiro, comida ou mendigar na rua, se viram como podem, catando latinhas, trabalhando com reciclagem ou esperando o dia passar. Se preocupam em não incomodar os outros ou ser um problema para a sociedade, por isso se escondem.
Quando amanhece, eles se preocupam em recolher e guardar seus pertences para não poluir a paisagem, obstruir a passagem ou atrapalhar. Mantém suas cabeças baixas e não costumam ser receptivos a conversas.
Fonte: Mundo-Nipo