Ao chegar ao Japão, Bolsonaro mostrou-se bastante irritado com as perguntas dos jornalistas sobre o caso do militar preso pelo contrabando de 39 quilos de entorpecentes em um avião da comitiva presidencial.
Após ser questionado sobre as críticas da chanceler alemã, Bolsonaro irritou-se mais ainda e atacou a imprensa.
“Não interessa, e deixa eu terminar o raciocínio. Então tem que se fazer a filtragem para não se deixar contaminar por parte da mídia escrita em especial” ao ser informado sobre a repercussão do acontecimento.
Por parte do presidente, não se espera um encontro isolado com a líder alemã, já ela, pelo contrário, se mostrou disposta a ter uma “discussão clara” com ele durante o G20.
Bolsonaro voltou a afirmar que “Eles têm a aprender muito conosco. O presidente do Brasil que está aqui não é como alguns anteriores que vieram aqui para serem advertidos por outros países. Não, a situação aqui é de respeito para com o Brasil. Não aceitaremos tratamento como no passado de alguns casos de chefes de estado que estiveram aqui”
Em meio a insistência dos jornalistas sobre as expectativas e planos do Brasil sobre a reunião, Bolsonaro se limitou a dizer que pretende “falar e ouvir”
Mesmo assim os jornalistas insistiram em informações mais concretas, o que gerou certa impaciência do presidente que apenas se calou e depois de alguns minutos disse “Quer que eu fale o quê?”, complementando dizendo que tratará de assuntos como indústria, internet e meio ambiente. “Tudo que estiver na pauta nós falaremos, bem como vão nos questionar alguma coisa, tenho certeza, e estamos prontos para responder”.
Acredita-se que a irritação do presidente se dá ao fato ocorrido com o avião da comitiva, quando 39 quilos de cocaína em posse de um dos militares a bordo foi descoberta e apreendida, mas o porta-voz da presidência, o general Otávio do Rêgo Barros, tratou de justificar o humor do presidente a outros fatores, “Não, tem a ver com ele ter chegado de viagem tendo que chegar aqui para descansar para amanhã estar disposto para cooperar no G20 e no Brics para que todos os países que estão aqui envolvidos possam sair daqui com coisas que sejam palpáveis” disse em entrevista.
FONTE: revista forum