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Mães japonesas lutam para lidar com a falta de escolas

- 3 de março de 2020
Keiko Kobayashi, à esquerda, e Sachiko Aoki, ambos funcionários de uma empresa de serviços de pessoal Pasona Inc

Keiko Kobayashi é uma mãe de uma criança de 7 anos, que teve que levar seu filho para o seu escritório em Tokyo na última segunda-feira, por conta do fechamento das escolas por ordem do governo do país, como um meio de prevenção da disseminação do novo coronavírus. 

Ela é uma das grandes sortudas que foi agraciada com a empatia de seu empregador e conseguiu levar o seu pequeno em seu local de trabalho, por falta de locais para deixa-lo durante seu expediente. 

“Fiquei chocada com a notícia do fechamento da escola e pensei: o que devo fazer?”, Disse Kobayashi, gerente sênior de uma fornecedora multinacional de serviços. “Não havia explicação de como isso iria funcionar”. 

Em um país onde babás não são muito comuns, espera-se que as mães sejam responsáveis pelos seus filhos, a medida está as forçando a modificar os seus horários de trabalho por não ter com quem deixá-los. Isso se torna ainda pior, quando se trata de pais solteiros ou que tem filhos portadores de deficiência. 

O primeiro-ministro do Japão anunciou um plano na semana passada, em que solicita o fechamento de todas as escolas do país, até segunda ordem. Ele disse que a medida veio à tona depois que o país entrou em estado de emergência para a contaminação e que deveria proteger as crianças. 

Kobayashi que ainda está tentando achar uma solução, incluindo a possibilidade de enviar o seu filho para uma creche pública, fala sobre os problemas que a falta de escola está causando. 

“Se eu fosse ficar em casa, meu filho teria TV e muitas tentações indesejáveis quando não estivesse olhando”, disse ela. “Criar um ambiente em que ele possa se concentrar em seu estudo seria um desafio.” 

Ela e sua colega de trabalho ainda acrescentaram suas preocupações com as medidas preventivas do governo de amenizar os problemas causados pela falta de escolas. 

“Sinceramente, duvido que os fechamentos possam ser eficazes”, disse Sachiko Aoki, colega que está dividindo o escritório com Kobayashi. Ela disse que está relutante em enviar seu filho para uma creche, porque é provável que eles estejam lotados de crianças que poderia ter o vírus. 

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