Quando a Fórmula 1 pousou no Circuito de Suzuka, na província de Mie, trouxe o que há de mais tecnológico no que refere-se ao automobilismo. Poucas horas depois da corrida de 24 de setembro, a maior parte havia desaparecido. Em todo avanço tecnológico desta modalidade do automobilismo, fica a dever o quesito emissão zero, uma meta anunciada em 2019 para entregar até 2030.
No mundo desportivo, a Fórmula 1 não segue só. Um exemplo é a Olimpíada de Tóquio, que gerou sete vezes mais emissão em comparação a uma temporada inteira de F1. A desvantagem da F1 é ter a sua modalidade de esporte diretamente ligada diretamente a queima de combustível fóssil.
A maior emissão do combustível fóssil não é gerado ao ligar máquinas, que representa apenas 0,7% do total. A logística é responsável por 45% e as viagens de negociação 27,7%. As fábricas das montadoras são responsáveis por 19,3%, operações de eventos 7,3%. Ao todo, no ano de 2019 a F1 gerou 256.551 toneladas métricas de emissões de carbono. Este número tem aumentado conforme cresce o número de etapas da F1.
A F1 tem reduzido a emissão de carbono através de transmissão remota e aeronaves mais eficientes para a logística. Nas etapas europeias, caminhões biocombustíveis reduziram 60% da emissão para esta atividade.
Por outro lado, quem financia este esporte são empresas como a britânica Ineos, acionista da Mercedez F1. Mas tem parceria com a Petronas, gigante petrolífera estatal da Malásia. Na Ferrari há a Shell. A Saudi Aramco, patrocinadora da F1, é reconhecida como uma das maiores poluentes do mundo. Foram 60 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono desde 1965. Isso é superior às emissões da França/Índia/Canadá.
A França não participa mais de nenhuma etapa da F1 e pensa em vetar anúncios de empresas petrolíferas, igualmente ao feito com as de tabaco.
Portal Mundo-Nipo
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Jonathan Miyata