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Rússia Proíbe Entrada de Executivos Japoneses em Retaliação às Sanções de Tóquio

- 16 de agosto de 2024

Sanções e Retaliações: Impacto nas Relações Japão-Rússia Empresas japonesas enfrentam dificuldades no mercado russo.

Tóquio — O Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou na terça-feira que proibirá a entrada de 13 cidadãos japoneses, incluindo figuras proeminentes como o presidente da Toyota Motor Corp., Akio Toyoda, e o presidente e CEO do Rakuten Group Inc., Hiroshi Mikitani. Esta medida é uma resposta direta às sanções impostas por Tóquio contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia.

Executivos Japoneses Alvo da Proibição

Entre os 13 japoneses afetados pela proibição estão também o presidente da Toray Industries Inc., Mitsuo Oya, o presidente da Toyobo Co., Ikuo Takeuchi, e o presidente da Nikken Corp., além do presidente da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), Akihiko Tanaka. Embora a Rússia já tenha imposto restrições a cidadãos japoneses anteriormente, é raro que tais medidas sejam direcionadas a executivos corporativos. Esta ação parece refletir o descontentamento de Moscou com a retirada de empresas japonesas da Rússia e seu apoio à Ucrânia.

Impacto nas Relações Empresariais

As corporações japonesas provavelmente enfrentarão dificuldades para retornar ao mercado russo, mesmo após o fim do conflito na Ucrânia e a suspensão das sanções por parte de Tóquio. A Toyota, por exemplo, encerrou a produção em sua fábrica em São Petersburgo, que foi posteriormente entregue a uma montadora russa após ser nacionalizada. A Nikken, fabricante de máquinas de construção, produz equipamentos de remoção de minas que o governo japonês tem fornecido à Ucrânia em cooperação com a JICA. Mikitani, da Rakuten, tem trabalhado ativamente para ajudar a Ucrânia, tendo visitado sua capital, Kiev.

Reação do Governo Japonês

O secretário-chefe do gabinete japonês, Yoshimasa Hayashi, criticou a proibição russa, classificando-a como “totalmente inaceitável” por restringir as atividades legítimas das empresas japonesas. O governo japonês protestou formalmente contra a proibição, conforme declarado por Hayashi em uma entrevista coletiva. Ele defendeu as sanções japonesas à Rússia, argumentando que foram uma resposta à invasão da Ucrânia, que claramente viola o direito internacional.

Histórico de Proibições

Em maio de 2022, logo após o início da invasão, Moscou anunciou uma proibição de entrada para 63 japoneses, incluindo o Primeiro-Ministro Fumio Kishida e outros legisladores. Em julho do mesmo ano, 384 legisladores da Câmara dos Representantes do Japão foram adicionados à lista de não-entrada.

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