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Jogadoras Brasileiras Acusam Clube Japonês de Assédio

- 15 de novembro de 2024

Detalhes Perturbadores: Jogadoras Revelam Assédio no Clube. Saiba mais sobre as alegações de comportamento inadequado do treinador principal.

Acusações de Assédio no Diossa Izumo FC

Em um movimento raro e corajoso, duas jogadoras brasileiras da Liga Nadeshiko do Japão acusaram publicamente o Diossa Izumo FC de assédio sexual e de poder por parte do treinador principal. Em uma coletiva de imprensa realizada em Izumo, Prefeitura de Shimane, no dia 6 de outubro, as jogadoras revelaram detalhes perturbadores do suposto assédio que enfrentaram entre 2022 e agosto de 2024.

Detalhes das Alegações

As jogadoras, que usavam os números 9 e 10, indicativos de sua importância no time, relataram que o treinador principal usava uma gíria portuguesa ofensiva para se referir a elas durante treinos e partidas. Segundo o advogado das jogadoras, o treinador estava ciente do desconforto causado, mas persistiu com o comportamento por três temporadas. Além disso, o treinador teria pendurado roupas íntimas em um depósito frequentado pelas jogadoras, ignorando seus protestos.

Discriminação e Falta de Suporte

As jogadoras também enfrentaram comentários discriminatórios relacionados à sua falta de fluência em japonês. Embora o clube tivesse a obrigação de fornecer intérpretes, um intérprete só era disponibilizado uma vez por semana. Quando as jogadoras solicitaram mais suporte em maio de 2024, o treinador supostamente as ameaçou com a exclusão dos jogos.

Impacto na Saúde e Ações Legais

Diagnosticadas com depressão, as jogadoras deixaram o time em agosto de 2024. Laura Spezzato expressou sua angústia: “Não consigo dormir por causa das dores de cabeça… Sinto vontade de ir para casa. Eu deveria amar futebol, mas não consigo encontrar energia para praticar o esporte que amo.” Tais Fehe, de 25 anos, compartilhou sua frustração por não poder jogar futebol.

As jogadoras, por meio de seus advogados, apresentaram uma queixa à Liga Japonesa de Futebol Feminino, exigindo a demissão do treinador. O advogado das jogadoras criticou a cultura do futebol, afirmando que “o mundo do futebol ainda está muito atrasado” e que a atmosfera preserva o assédio de poder.

Resposta do Clube

Em resposta, o Diossa Sports Club, uma organização sem fins lucrativos, declarou em coletiva de imprensa que não compreende como a situação chegou a esse ponto, considerando o bom relacionamento anterior. O clube alegou que as palavras em português eram gírias comuns sem intenção discriminatória e informou a situação à Liga Japonesa de Futebol Feminino. A investigação interna do clube está em andamento para apurar os fatos.


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