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Japão reprime clubes de anfitriões que exploram emocionalmente mulheres

- 1 de agosto de 2025
Japão endurece regras contra clubes de anfitriões que manipulam mulheres emocionalmente para obter lucro, gerando dívidas e exploração.

Japão endurece regras contra clubes de anfitriões que manipulam mulheres emocionalmente para obter lucro, gerando dívidas e exploração.

O Japão está intensificando sua fiscalização sobre os chamados clubes de anfitriões, estabelecimentos onde homens atraentes entretêm mulheres em troca de altos gastos com bebidas. A medida visa combater abusos emocionais e financeiros cometidos por esses anfitriões, que, segundo as autoridades, têm manipulado sentimentos das clientes para lucrar com promessas de romance.

Nova lei mira manipulação emocional e dívidas abusivas

Uma nova lei em vigor desde junho proíbe explicitamente que anfitriões usem o envolvimento emocional das mulheres para induzi-las a comprar bebidas caras. Em muitos casos, essas interações resultam em dívidas exorbitantes e até envolvimento das vítimas com o comércio sexual para pagar os gastos.

Crescem denúncias de exploração em clubes de Tóquio

Dados da polícia japonesa mostram um aumento significativo de denúncias contra os clubes de anfitriões: de 2.100 em 2022 para 2.800 em 2024. Os relatos incluem desde consumo forçado de bebidas até casos de aliciamento sexual.

Ativistas e ONGs como a Rescue Hub apontam que muitas mulheres, especialmente jovens em situação de vulnerabilidade, buscam nesses locais uma sensação de acolhimento e pertencimento. A promessa de atenção, carinho e até casamento acaba criando laços perigosos.

Clientes e anfitriões criticam nova regulamentação

Embora a nova legislação não proíba o flerte, ela criminaliza condutas como ameaçar terminar um relacionamento se a cliente não consumir bebidas. Para Ran Sena, dono do badalado clube Platina, a regra é vaga e pode prejudicar o funcionamento legítimo do setor.

A repressão também se estende ao marketing: outdoors com slogans exagerados, como “número 1 de Kabukicho” ou “rei dos anfitriões”, foram banidos. Clubes agora precisam cobrir essas mensagens com fitas pretas, gerando insatisfação entre os profissionais que almejam visibilidade e reconhecimento.

Impacto emocional e financeiro em jovens japonesas

A cultura dos clubes de anfitriões tem deixado marcas profundas na juventude japonesa. Muitas mulheres trabalham arduamente para sustentar esses relacionamentos ilusórios, acreditando que estão construindo algo real. Para especialistas, a situação representa um colapso moral e psicológico de ambos os lados da relação.

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