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Casamento Gay no Japão Avanços e a Luta Pela Legalização Total

- 2 de agosto de 2025
Descubra como os sistemas de parceria avançam no Japão, cobrindo mais de 92% da população, e entenda a crescente pressão pela legalização do casamento gay no Japão, o último país do G7 a não permiti-lo.

Descubra como os sistemas de parceria avançam no Japão, cobrindo mais de 92% da população, e entenda a crescente pressão pela legalização do casamento gay no Japão, o último país do G7 a não permiti-lo.

A discussão sobre o casamento gay no Japão ganha novos contornos. Embora a união legal entre pessoas do mesmo sexo ainda seja proibida em âmbito nacional, os sistemas locais de parceria, que garantem direitos limitados a esses casais, já alcançam uma cobertura de 92,5% da população japonesa.

Este avanço representa uma mudança social significativa em um país conhecido por suas tradições. O sistema de parceria é um passo fundamental na longa jornada por direitos iguais.

A Expansão dos Sistemas de Parceria por Todo o Japão

Introduzidos há uma década, os certificados de parceria se tornaram uma ferramenta importante de reconhecimento. Até o final de maio, os números demonstram essa força:

  • 530 municípios já adotaram o sistema em todo o país.
  • 9.836 casais do mesmo sexo receberam seus certificados de união.
  • O número de cidades participantes mais que dobrou nos últimos três anos.

Uma pesquisa realizada pela ONG Nijiiro Diversity em conjunto com o distrito de Shibuya, em Tóquio — pioneiro na implementação do sistema em 2015 —, revelou que 33 das 47 prefeituras do Japão agora oferecem cobertura completa através de programas locais.

Cidades importantes como Sendai também aderiram, consolidando a presença do sistema em todas as capitais de prefeituras e cidades designadas.

Os Limites do Reconhecimento e a Pressão pelo Casamento Gay no Japão

Apesar do progresso notável, ativistas como Maki Muraki, diretora da Nijiiro Diversity, ressaltam que a luta está longe de acabar.

“O sistema de parceria fez uma diferença significativa, permitindo que casais LGBTQ vivessem em moradias públicas e recebessem alguns dos mesmos serviços que casais casados”, afirma Muraki.

Contudo, ela enfatiza que o reconhecimento oferecido é mais simbólico e limitado, não se equiparando à igualdade plena do casamento. O Japão se mantém como o único país do G7 que não legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

A pressão sobre o governo central está aumentando. Nos últimos anos, cinco decisões de tribunais superiores declararam que a recusa do governo em reconhecer o casamento homoafetivo é inconstitucional.

“Com as recentes decisões judiciais, a questão agora é: por que não podemos nos casar se já somos reconhecidos como famílias?”, questiona Muraki. Para ela, o objetivo não é mais apenas expandir os sistemas locais para 100% do território.

“É hora de passar o bastão para o governo central para legalizar o casamento gay no Japão.”

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