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Persistência da COVID longa em Okayama Mais da metade dos pacientes com sintomas por 180 dias ou mais

- 13 de outubro de 2025
Mais da metade dos pacientes em Okayama tratam a COVID longa por 180 dias ou mais. Saiba o que o Hospital Universitário de Okayama descobriu sobre os sintomas persistentes e a variante Nimbus.

Mais da metade dos pacientes em Okayama tratam a COVID longa por 180 dias ou mais. Saiba o que o Hospital Universitário de Okayama descobriu sobre os sintomas persistentes e a variante Nimbus.

Uma pesquisa recente do Hospital Universitário de Okayama (OUH), no Japão, revela a persistência da COVID longa. O estudo mostra que mais da metade dos pacientes que procuraram o ambulatório de pós-tratamento de COVID-19 (CAC) do hospital continuaram o acompanhamento médico por 180 dias ou mais. Este dado sublinha que a COVID longa, uma vez contraída, pode demorar significativamente a desaparecer, mesmo em um contexto onde a crença de que a pandemia acabou se torna comum.

A equipe, liderada pelo professor Fumio Otsuka, da medicina interna do OUH, também identificou que mulheres superam homens em número entre os pacientes com longos períodos de acompanhamento.


O Estudo do Hospital Universitário de Okayama (OUH)

O OUH estabeleceu o CAC em fevereiro de 2021, tornando-se o segundo hospital geral no Japão a oferecer esse tipo de serviço. Desde então, a clínica já examinou mais de 1.200 pacientes que sofrem de condições pós-COVID-19, acompanhando as mudanças nas variantes do coronavírus e nos sintomas da COVID longa.

O estudo mais recente concentrou-se nos pacientes ambulatoriais do CAC que foram infectados com a variante Ômicron. O objetivo era correlacionar seus sintomas de COVID longa com a duração de seus tratamentos de acompanhamento.

Principais Achados da Pesquisa sobre COVID longa

A análise incluiu 774 pacientes com COVID longa (infectados com a variante Ômicron) que visitaram o CAC entre fevereiro de 2022 e outubro de 2024. Os resultados foram divididos em dois grupos:

  • Grupo de Recuperação Precoce: 370 pacientes (menos de 180 dias de acompanhamento).
  • Grupo de Sintomas Persistentes: 404 pacientes (52% do total), com períodos de acompanhamento de 180 dias ou mais. Alguns pacientes deste grupo continuaram as visitas por até dois ou três anos.

Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos em relação à idade e ao número de vacinas recebidas.

O Perfil do Paciente com Sintomas Persistentes

Um achado notável é a predominância feminina no grupo de sintomas persistentes. As mulheres representaram cerca de 60% desse grupo e relataram mais sintomas como:

  • Fadiga
  • Insônia
  • Distúrbios de memória
  • Parestesia (dormência)

Esses sintomas foram mais frequentes nas mulheres com acompanhamento prolongado do que no grupo de recuperação precoce.


Alerta para a Variante Nimbus e a COVID longa

O professor Otsuka também emitiu um alerta sobre a variante Nimbus, derivada da cepa Ômicron, que está em ascensão. Segundo ele, os casos de Nimbus estão aumentando na província de Okayama, superando o número de casos em províncias vizinhas (Hiroshima e Hyogo) e a média nacional.

Sintomas e Prevenção

Embora a Nimbus seja associada a dor de garganta intensa, o professor Otsuka observa que sintomas como febre e tosse prevalecem em certos pacientes.

  • Recomendação: É fundamental fazer um teste de antígeno o mais rápido possível ao sentir febre, dor de garganta, tosse ou outros sintomas de resfriado.
  • Alerta sobre o início da COVID longa: Os sintomas da COVID longa podem levar de dois a três meses para aparecer. Otsuka aconselha procurar um médico se os sintomas persistirem, dando o exemplo de uma infecção em agosto que ainda causa fadiga em outubro.

A mensagem principal é clara: a pandemia pode parecer ter terminado, mas o público não deve se esquecer de ficar atento às infecções por COVID o máximo possível para evitar o desenvolvimento da COVID longa.

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