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Akihabara, a cidade dos eletrônicos

- 29 de novembro de 2018

Akihabara, também conhecida como “Akiba”, é um distrito de Tóquio conhecido como um epicentro de computadores, jogos e cultura otaku. Enquanto turistas de todo o mundo visitam a cidade, o manuseio de peças eletrônicas, continuam a prosperar.

Você será recebido imediatamente, por painéis de publicidade coloridos mostrando personagens de anime ou promovendo “cafeterias” de bairro assim que você sair da estação JR Akihabara pela saída da cidade elétrica.

“Não há peças que você não encontrará aqui, e essa é a nossa força”, disse um fornecedor da Toei Transformer Co. A empresa que iniciou seus negócios em 1958, conta que seu inventário inclui apenas 800 tipos de transformadores elétricos.

Em outras lojas haviam pilhas de condensadores, conectores, interruptores e muito mais.

Os clientes também variam. Há fãs de rádio amadores de cabelos grisalhos e estudantes do ensino fundamental e médio que estão preocupados com microcomputadores.

Minoru Kakuta do Manseibashi Rengo Chokai, o sócio de 89 anos da associação de bairro relembra do passado distante.

No passado, estudantes iniciaram a construção desta cidade especial, de acordo com um membro da Akihabara Electrical Town Organization, que compreende lojas de eletrodomésticos e outros na área.

Embora Akihabara e os arredores tenham sido totalmente destruídos durante a Guerra do Pacífico, o local logo se transformou em um mercado negro.

Os rádios eram os produtos mais procurados da época. As lojas estavam cheias de estudantes de escola de engenharia de ensino superior (atual Tokyo Denki University).

“As ruas estavam lotadas de pessoas que queriam ouvir torneios de sumô transmitidos nas rádios, exibidos nas lojas naqueles dias”.

O produto mais vendido foi o rádio. Aparelhos de TV, máquinas de lavar e refrigeradores se tornaram conhecidos como “três tesouros” dos consumidores. Mais tarde surgiram condicionadores de ar, decks de vídeo, processadores de texto e notebooks.

O número de produtos oferecidos em Akihabara continuou crescendo. A cidade sobreviveu às crises do petróleo e à recessão causada pela valorização do iene. Akihabara sempre teve sua posição na história.

“A cidade sempre esteve na vanguarda”, disse Tomio Izumi (64) chefe da Associação de Promoção de Turismo de Akihabara. “Embora mantenha suas raízes como a cidade elétrica, está se transformando dinamicamente.”

Foi por volta de 2000, logo após o fim de uma bolha econômica baseada no “boom” da tecnologia da informação, quando nasceu a ideia de um café de empregada.

As cafeterias, chamados de “meidou café” onde as mulheres que se vestem de forma extravagante foi outra invenção da cidade.

Então foi assim que Akihabara se tornou o centro da cultura otaku. Era natural que o grupo ídolo AKB48 fizesse sua estreia aqui em 2005.

O número de empresas pertencentes à organização local de Akihabara Electrical Town agora é de 45, abaixo de um pico de mais de 100.

Mas Kazushi Ono, chefe da organização, não é desencorajado.

“A cidade, assim como os negócios, muda com os tempos. Akihabara não é mais apenas uma cidade elétrica, disse ele.

A organização realiza eventos regularmente, onde várias empresas, como lanchonetes, restaurantes e revendedores eletrônicos domésticos, participam juntas para promover a área.

Em 21 de outubro, um avatar de realidade virtual chamado VTuber, foi nomeado embaixador do turismo virtual da cidade.

Então, esse é o Akihabara. Um lugar que leva nas últimas tendências; uma cidade onde os jovens se reúnem.

Eu me pergunto como será em seu próximo estágio

Fonte: Yomiuri Shimbun