Alerta para expatriados: Deportação Japão imigrantes dobrou com o Plano Zero. Saiba como proteger seu visto e empregabilidade no Japão.
As deportações no Japão executadas com agentes policiais dobraram nos primeiros três meses do novo Plano de Zero Residentes Estrangeiros Ilegais. Esta notícia da Agência de Serviços de Imigração deve servir de alerta máximo para todo expatriado que reside e trabalha no país. Entre junho e agosto, 119 pessoas foram forçadas a deixar o Japão, um salto significativo comparado às 58 do ano anterior.
O Rosto Humano da Nova Onda de Deportação Japão Imigrantes
O impacto mais doloroso é sentido por famílias. Várias das pessoas deportadas eram crianças que cresceram no Japão. Em um caso chocante, um dos pais foi obrigado a deixar sua família, que permanece no país.
Por nacionalidade, os turcos lideraram as estatísticas com 34 casos, seguidos por cingaleses (17), filipinos (14) e chineses (10).
O plano rigoroso, iniciado no final de maio, visa “zerar o número de estrangeiros ilegais” e reduzir pela metade aqueles com deportação decidida até 2030.
Atenção Dekassegui: Para quem trabalha no Japão, o endurecimento das políticas de imigração cria um ambiente de maior escrutínio sobre a situação de permanência, impactando diretamente a segurança do seu visto japonês de trabalho e, consequentemente, sua capacidade de garantir horas extras e estabilidade.
Novas Regras Para Quem Busca Refúgio e Visto de Trabalho no Japão
O Japão mudou regras que antes suspendiam a deportação de solicitantes de asilo. Com a lei revisada, requerentes podem ser removidos se:
- Apresentarem o pedido pela terceira vez ou mais, sem “motivos razoáveis”.
- Tiverem sido condenados a, no mínimo, três anos de prisão sem suspensão.
Dos 119 deportados no trimestre, 36 (30%) eram solicitantes de refúgio. Destes, 33 se encaixaram na primeira condição de reincidência. As autoridades citaram casos extremos, como um cidadão do Oriente Médio em sua quinta solicitação e outro condenado a 20 anos de prisão por crimes graves.
Empregabilidade e Estabilidade: O Desafio do Expatriado
Com a entrada maciça de jovens asiáticos sob os vistos Tokutei Ginou e Ginou Jishusei (muitos com N4 e na faixa dos 20 anos), a empregabilidade se torna mais competitiva para o trabalhador já estabelecido. A pressão nacionalista por leis mais duras só aumenta a preocupação com a renovação de visto e a permanência.
Como Potencializar Sua Empregabilidade no Japão:
Para manter a segurança do seu emprego e ter opções de mudança rápida, invista em qualificação imediata:
- Certificações Técnicas: Busque certificações japonesas (empilhadeira, solda, guindaste). Isso aumenta sua utilidade e atrai empregadores que valorizam mão de obra qualificada.
- Proficiência no Idioma: Não basta sobreviver; é preciso se comunicar bem. Melhore seu japonês para o nível de conversação, leitura e escrita, focando em obter certificados como o JLPT ou JTest. Isso é crucial para progredir além de funções operacionais básicas e lidar melhor com burocracias.
Panorama Geral de Entrada e Permanência Ilegal
Embora o foco esteja na deportação, os números de entrada no Japão atingiram 19,7 milhões de pessoas nos primeiros seis meses (98% eram visitantes temporários).
Em 1º de julho, cerca de 71.200 estrangeiros estavam com o visto vencido. Os grupos mais numerosos são:
- Vietnamitas (13.100)
- Tailandeses (10.900)
- Sul-Coreanos (10.300)
- Chineses (6.300)
Apesar da redução em relação ao pico dos anos 90 (quase 300.000), a atenção sobre os chamados “residentes estrangeiros ilegais” está no auge.
Críticas e Vozes dos Direitos Humanos
Grupos de apoio argumentam que termos como “residentes estrangeiros ilegais” são inadequados, preferindo “migrantes irregulares”, especialmente porque incluem solicitantes de refúgio. Casos como o do pai curdo, deportado mesmo com filhos nascidos no Japão, geram forte comoção.
A Federação Japonesa de Associações de Advogados (JFBA) criticou o plano, alegando que ele pode infringir direitos humanos e criar a falsa percepção de que migrantes causam a deterioração da segurança pública. A Anistia Internacional Japão reforça que o plano “se baseia na eliminação de estrangeiros e provavelmente incentivará a discriminação”.


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