A taxa de apoio do gabinete do primeiro-ministro Shinzo Abe caiu para 43,3%, e muitos pedem o respeito a um recente plebiscito local que rejeitou um plano para realocar uma base aérea norte-americana na província de Okinawa, mostrou uma pesquisa da Kyodo News no domingo (10).
Na pesquisa telefônica nacional realizada no sábado e domingo, a grande maioria dos entrevistados também indicou sua decepção com a morna recuperação econômica do país e a resposta do governo a um escândalo de dados trabalhistas.
A taxa de aprovação do Gabinete caiu 2,3 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior no início de fevereiro, enquanto a taxa de desaprovação ficou quase inalterada em 40,9%.
No plebiscito da prefeitura de Okinawa, em fevereiro, sobre a realocação da Estação Aérea dos Fuzileiros Navais dos EUA, 68,7 por cento dos entrevistados disseram que o governo central deve respeitar o resultado, enquanto 19,4% disseram que não há necessidade de fazê-lo.
Os defensores da política do governo para avançar com o atual plano de realocação de Futenma chegaram a 37,2%, uma queda de 2,2 pontos em relação à pesquisa anterior. Mas os adversários também caíram para 48,9%, enquanto aqueles que não participaram ou não responderam à pergunta subiram 4,9 pontos para 13,9%.
Na pesquisa não-vinculativa, mais de 70% dos eleitores na prefeitura da ilha rejeitaram o plano de realocação, que se originou em um acordo entre os governos japonês e norte-americano em 1996. Mas o governo Abe continuou com o trabalho de construir uma instalação em local alternativo para a base Futenma.
A pesquisa por telefone também mostrou que 84,5% não sentem que a economia japonesa está se recuperando, apesar de Abe contar com o sucesso de sua política de Abenomics para manter o apoio público ao Partido Liberal Democrata antes da eleição da Câmara dos Deputados.
Além das preocupações sobre a situação econômica, o governo no início do mês rebaixou sua avaliação de um indicador-chave das tendências econômicas, sugerindo que o Japão já pode ter entrado em uma fase de recessão ao invés de marcar seu maior crescimento desde o final da Segunda Guerra Mundial., como acreditado anteriormente.
Um total de 54,4% se opõe à decisão de Abe de aumentar a alíquota do imposto de consumo para 10% dos atuais 8% em outubro, um aumento de 3,4% em relação à pesquisa anterior. Os defensores do aumento de impostos situaram-se em 39,9%, uma queda de 5,1 pontos.
O escândalo sobre os dados errados de empregos no Ministério do Trabalho também parece estar obscurecendo a taxa de apoio do governo Abe.
Um total de 70,7% disse que não estão satisfeitos com o resultado da última investigação do governo sobre o assunto, que negou que houvesse um encobrimento sistemático. Cerca de 13% responderam o contrário.
Quanto às taxas de apoio por partido, o PDL continuou sendo o mais popular, com 38,3%, seguido pelo Partido Democrático Constitucional do Japão, com 10,5%.
A ambição de longa data de Abe de emendar pela primeira vez a Constituição do pós-guerra teve 51,4% de oposição, enquanto 33,9% eram a favor.
A pesquisa cobriu 740 domicílios selecionados aleatoriamente com eleitores elegíveis, bem como 1.218 números de telefones celulares, obtendo respostas de 516 pessoas, respectivamente.
Fonte: KYODO
https://www.japantimes.co.jp/news/2019/03/10/national/politics-diplomacy/abe-support-rate-falls-69-want-okinawa-vote-base-issue-respected/#.XIZ50ShKjIU.