Atualmente o cenário em Ishinomaki, na prefeitura de Miyagi, no nordeste do Japão, é de total esperança, em meio à época em que novembro está se estabilizando e trazendo consigo temperaturas baixas.
Os frutos verdes e pretos, aromáticos e vistosos das plantações de oliveira, tem trazido cada vez mais esperanças de um cultivo promissor.
Shoetsu Chiba, de 70 anos, está reconstruindo sua vida e ajudando as pessoas locais a se estabilizarem com empreendimentos agrícolas, que tem sido o sustento primordial da população após a devastação em 2011 que perdura e traz consigo tempos escuros até hoje.
“Quando ouvi o plano de cultivar oliva, me perguntei se era realmente possível, mesmo sendo tão frio por aqui”, relembra Chiba.
Em época de colheita, dezenas de moradores juntam-se aos produtores agrícolas locais para colher os frutos.
Devido aos inúmeros benefícios à saúde e sua versatilidade culinária, o crescente consumo de azeite no Japão, tem levado muitas empresas a se aventurarem no cultivo das olivas. E dentre eles, está Ishinomaki, considerado o “limite” para a produção de azeitonas no Japão.
E mesmo Ishinomaki não possuindo um clima propício para o cultivo, a produção tem se mostrado promissora e aumentado constantemente.
Oficiais do governo ainda dizem que, no cultivo das azeitonas, há ainda mais do que apenas uma maneira de ganhar a vida.
“Escolhemos azeitonas, porque as arvores são fáceis de cuidar e permanecem boas por mais de 100 anos. Além disso, elas são um símbolo de paz”, afirma Tomoyuki Hino, chefe da seção de agricultura e silvicultura da cidade.
A população de Ishinomaki teve a ideia de cultivar azeitonas, ao discutir maneiras de utilizar a área residencial inundada pelo tsunami em 2011.
O cultivo começou em 2014 e desde então a cidade já possui 1.665 oliveiras, trazendo esperança de um futuro iluminado para a população.
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