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Uma crescente onda de bandas com inteligência artificial (IA) está transformando o cenário musical, levantando questões sobre o futuro dos músicos e o impacto no mercado de trabalho. Projetos como Velvet Sundown e Aventhis, compostos por membros gerados por IA, já acumulam milhões de reproduções em plataformas de streaming como o Spotify, marcando uma nova era para a indústria.
O Crescimento da Música Feita por IA
A ascensão da música feita por IA é inegável, com um aumento significativo de faixas geradas por algoritmos. Embora poucos serviços de streaming rotulem claramente esse tipo de conteúdo, a presença de composições de IA é cada vez maior. Esse fenômeno levanta preocupações entre artistas e produtores sobre a autoria e a remuneração no setor.
Leo Sidran, produtor musical e compositor, expressa a sensação de que “haverá muitas músicas lançadas das quais não saberemos realmente quem as fez ou como foram feitas”. Essa falta de transparência cria um cenário desafiador para a indústria musical.
IA e a Percepção da Música
A inteligência artificial na música destaca a diferença entre a escuta “passiva” e a escuta “ativa”. Yung Spielburg, produtor e compositor, argumenta que, enquanto a IA pode dominar o mercado de músicas de fundo — aquelas que as pessoas ouvem enquanto realizam outras tarefas — os músicos tradicionais ainda se sobressairão no segmento de ouvintes “ativos”, que valorizam a conexão com o artista e a profundidade da obra.
No entanto, a conveniência e o baixo custo da produção musical por IA podem levar gravadoras e editoras a priorizar bandas sintéticas, que não exigem o pagamento de royalties. Mathieu Gendreau, professor associado da Rowan University, enfatiza que a IA “tornará ainda mais difícil para os músicos ganharem a vida”.
O Impacto da IA no Trabalho dos Músicos
Desde o final do ano passado, compositores e outros profissionais da indústria da música têm notado uma desaceleração no trabalho. Leo Sidran suspeita que a IA seja uma das principais razões, pois clientes buscam soluções automatizadas para suas necessidades musicais.
Historicamente, a tecnologia sempre moldou a música, desde guitarras elétricas até sintetizadores. Contudo, George Howard, professor do Berklee College of Music, alerta que a IA na indústria musical apresenta um desafio único. Ao contrário de inovações anteriores que ofereceram novas ferramentas, a IA pode levar à “erradicação da chance de sustentabilidade para a grande maioria dos artistas”.
Navegando o Futuro com a IA na Música
Diante desse cenário, especialistas aconselham os músicos a se adaptarem. Gendreau foca em ensinar os alunos a serem empreendedores, enquanto Sidran sugere que os artistas destaquem sua singularidade e evitem o “esperado” em suas obras, pois “a IA já terá feito isso”.
Por enquanto, uma das últimas fronteiras para os músicos é o show ao vivo, onde a experiência humana e a performance única ainda não foram replicadas pela inteligência artificial.


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