Bombardeiros dos EUA e caças japoneses sobrevoam o Mar do Japão. É uma resposta direta aos exercícios militares de China e Rússia, elevando a tensão regional.
TÓQUIO – Bombardeiros americanos com capacidade nuclear sobrevoaram o Mar do Japão ontem. Eles estavam ao lado de caças japoneses em uma demonstração de força. Portanto, o Japão e os EUA responderam a exercícios militares conjuntos. Estes exercícios foram realizados por China e Rússia na região. Eles ocorreram nos céus e mares vizinhos.
O Ministério da Defesa do Japão emitiu um comunicado. Japão e EUA “reafirmaram sua firme determinação”. Eles querem impedir qualquer tentativa unilateral. O objetivo é evitar alterar o status quo pela força. Além disso, confirmaram a prontidão das Forças de Autodefesa (SDF). A prontidão das forças americanas também foi confirmada.
1. Resposta ao Eixo China-Rússia no Mar do Japão
O voo estratégico envolveu dois bombardeiros B-52 dos EUA. Eles foram acompanhados por jatos japoneses. Participaram três caças F-35 e três jatos F-15. Esta foi a primeira afirmação de presença dos EUA na região. Em seguida, a ação ocorreu após a China iniciar exercícios militares.
- Voo Conjunto: A demonstração ocorre após voo de bombardeiros estratégicos. Eles eram chineses e russos no Pacífico Ocidental. Ademais, houve exercícios de porta-aviões chineses. O Japão precisou acionar seus caças. Isto é, Tóquio afirma que foram alvos de feixes de radar.
- Apoio Americano: Washington criticou o encontro entre aeronaves. Afirmou que o incidente “não contribui para a paz”. Em contrapartida, reafirmou que sua aliança com o Japão é “inabalável”. O Japão abriga a maior concentração militar americana. Assim, a aliança é crucial para a tensão regional.
2. Ameaças Percebidas Pelo Japão
O chefe do Estado-Maior do Japão se manifestou. O general Hiroaki Uchikura classificou a ação como grave. O voo conjunto de bombardeiros foi uma demonstração de força. Portanto, ele foi claramente dirigido ao Japão. “Consideramos isso uma grave preocupação”, disse Uchikura.
- A Negação da China: A China negou a acusação de Tóquio. Afirmou que os jatos japoneses colocaram em risco suas operações. Por outro lado, a Coreia do Sul também agiu. Suas Forças Armadas acionaram caças. Isso ocorreu quando aeronaves chinesas e russas invadiram sua zona de defesa aérea.
3. Taiwan e a Escalada da Tensão Regional
Navios e aeronaves chinesas operam perto de Taiwan diariamente. Taipei vê isso como pressão contínua de Pequim. Consequentemente, o Ministério da Defesa de Taiwan relatou mais presença militar. Foram detectadas 27 aeronaves, inclusive bombardeiros H-6K. Eles estavam em uma “patrulha conjunta de prontidão”.
- Rotas Marítimas em Risco: As tensões aumentaram após declarações recentes. A primeira-ministra Sanae Takaichi provocou Pequim. Ela comentou sobre uma reação a um ataque chinês a Taiwan. A China reivindica Taiwan e não descarta o uso da força. A ilha fica perto do Japão. Assim, as rotas marítimas vitais para Tóquio estão em risco. A tensão regional é palpável.
4. Conclusão O Efeito da Diplomacia da Força
A demonstração conjunta de poder militar não é novidade. Entretanto, a frequência e o escopo da ação cresceram. O Japão e os EUA sinalizam que não tolerarão mudanças. A China e Rússia buscam alterar o equilíbrio de poder. Em síntese, a tensão regional continuará a aumentar. A estabilidade na Ásia depende da prontidão militar dos aliados.


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Jonathan Miyata é Correspondente Internacional do Canal Mundo-Nipo em Tóquio. Graduado em Jornalismo pela Universidade de São Paulo e com Pós-Graduação em Estudos Asiáticos pela Universidade de Tóquio (Todai). Atua na cobertura de política, tecnologia e cultura japonesa há mais de 8 anos, com passagens pelo grupo Abril antes de integrar o Mundo-Nipo.
Reportagem: Esta é uma descrição de eventos e ocorrências cujo conteúdo é rigorosamente fundamentado em dados e fatos. As informações são verificadas por meio da observação direta do repórter ou mediante consulta a fontes jornalísticas consideradas idôneas e confiáveis.
Fonte: Japan Times, Asahi Shinbum, Kyodo News, Mainichi Shinbum
Edição e publicação responsável: Mundo-Nipo Notícias
