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Casos de pessoas desaparecidas relacionadas à demência dobraram nos últimos 10 anos

- 22 de junho de 2023

Crédito: Japan Times – 22/06/2023 – Quinta

O número de pessoas com demência que desapareceram dobrou entre 2012 e 2022, de acordo com um relatório divulgado pela Agência Nacional de Polícia na quinta-feira.

Um total de 18.709 pessoas com demência foram dadas como desaparecidas em 2022, um aumento de 6,1% em relação ao ano anterior, tornando-se o número mais alto já registrado. O número de casos relacionados à demência aumenta a cada ano desde que a agência começou a contar em 2012, quando 9.607 casos foram relatados.

Essa tendência provavelmente continuará à medida que a população no Japão continuar envelhecendo e o número de pessoas com demência aumentar. Atualmente, mais de 6 milhões de pessoas têm a doença e estima-se que até 2025, 7 milhões de pessoas – ou 1 em cada 5 pessoas com mais de 65 anos – serão diagnosticadas com ela.

À medida que a questão do desaparecimento de pacientes com demência se torna cada vez mais prevalente, vários municípios e organizações começaram a elaborar planos para prevenir tais incidentes.

Alguns estão trabalhando com empresas de telecomunicações para utilizar aplicativos de smartphones para ajudar a rastrear pessoas desaparecidas. Outros implementaram sistemas de rastreamento eletrônico nas cidades para monitorar a localização de pessoas com demência.

O ministério do bem-estar também criou um site especial para famílias que procuram idosos desaparecidos com demência.

Do número total de pessoas desaparecidas com demência – incluindo aquelas que desapareceram antes de 2022 – 17.923 foram encontradas em 2022, enquanto 491 pessoas morreram. Das pessoas que foram encontradas, 77,5% foram encontradas no dia em que foram dadas como desaparecidas e 99,5% foram encontradas em uma semana.

Segundo o mesmo relatório, em 2022, um total de 84.910 pessoas foram dadas como desaparecidas, mais 5.692 do que no ano anterior.

O número total de casos de pessoas desaparecidas aumentou dois anos consecutivos desde 2020, que foi o menor nível histórico, provavelmente devido à pandemia de COVID-19.

A faixa etária com mais casos de pessoas desaparecidas foi a de pessoas na faixa dos 20 anos, com 16.848 casos, sendo questões relacionadas ao trabalho, como perda de emprego ou relacionamentos no trabalho, o motivo mais citado. O segundo lugar mais alto foram os adolescentes, com 14.959 casos relatados, para os quais problemas relacionados à família foram o fator mais comum.

Foto: Japan Times (Uma senhora idosa em Asakusa, Tóquio. O número de pessoas desaparecidas com demência dobrou na última década, de acordo com estatísticas da Agência Nacional de Polícia divulgadas na quinta-feira. | REUTERS)

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