Descubra como uma investigação em Nagoya expôs a cobrança enganosa e as táticas abusivas de solicitação em bares de Sakae 3-chome, alertando sobre fraudes em izakayas.
O distrito de entretenimento de Nagoya, conhecido como Sakae 3-chome ou Sumiyoshi, está novamente no centro das atenções. Uma investigação policial secreta expôs práticas de cobrança enganosa e táticas agressivas de solicitação de clientes em bares locais. Este incidente serve de alerta para turistas e moradores sobre os riscos de seguir cambistas de rua casualmente, práticas que a polícia de Aichi afirma estarem frequentemente ligadas a esquemas de cobranças excessivas.
A cobrança enganosa em Nagoya levou à prisão do gerente de um izakaya (bar japonês) chamado Yaotcho. Shion Tamaru, de 30 anos, foi detido sob suspeita de violar a lei de prevenção de perturbações da ordem pública da província de Aichi por assédio persistente a clientes na rua. O estabelecimento já havia sido alvo de inúmeras reclamações de consumidores.
A Falsa Promessa do Rodízio
Três dias antes da prisão, uma equipe policial disfarçada se infiltrou no Yaotcho para documentar as práticas abusivas. Eles foram abordados na rua com uma proposta tentadora: um rodízio (comida e bebida à vontade) de duas horas por 2.500 ienes (mais impostos).
A realidade, no entanto, era bem diferente da palavra-chave principal prometida:
- Tempo Reduzido: Ao se sentarem, a tela de pedidos mostrava que restavam apenas 53 minutos para o plano de bebidas, embora o tempo de permanência fosse de duas horas. Um funcionário confirmou mais tarde que o período de pedidos era limitado a apenas uma hora.
- Regra de Consumo: O primeiro prato, um lámen, demorou 20 minutos para chegar. Além disso, uma regra interna exigia que o grupo terminasse o prato atual antes de fazer o próximo pedido. Por causa dessas restrições, o grupo de três pessoas conseguiu consumir apenas nove pratos antes que o tempo expirasse.
Cobrança Enganosa A Surpresa na Conta
O ápice da cobrança enganosa em Nagoya veio com a apresentação da conta. O valor total esperado para as três pessoas, baseado na oferta de 2.500 ienes por cabeça (mais 10% de imposto), seria de 8.250 ienes.
A surpresa, no entanto, foi o total de 10.890 ienes. A diferença foi justificada por uma “taxa de fim de semana” não revelada previamente, no valor de 800 ienes por pessoa. Este acréscimo de 2.640 ienes representa uma cobrança abusiva de quase 32% acima do valor prometido na rua.
A polícia de Aichi está intensificando os avisos para que o público seja cauteloso com as abordagens de rua. Tais práticas de solicitação agressiva e com promessas exageradas são um forte indicativo de estabelecimentos que utilizam esquemas de cobrança excessiva e não transparente nos movimentados distritos de vida noturna.


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