Cultura Japonesa e Sono: Desafios e Soluções. Explore como a valorização do esforço sobre o descanso agrava a situação.
TÓQUIO — O Japão enfrenta uma crise significativa de privação de sono, resultando em perdas econômicas estimadas em 18 trilhões de ienes anualmente devido à queda na produtividade, conforme estudo da RAND Corporation. Este problema tem ganhado atenção crescente, com autoridades governamentais e empresas reconhecendo a necessidade urgente de ação.
O primeiro-ministro Ishiba recentemente destacou a preocupação nacional com o sono insuficiente em um discurso político. Especialistas, como Yoshikuni Egawa, professor da Universidade Ritsumeikan, apontam que a cultura japonesa, que frequentemente valoriza o esforço em detrimento do descanso, exacerba a situação. Muitos trabalhadores se orgulham de operar com pouco sono, contribuindo para o “presenteísmo”, onde estão fisicamente presentes, mas não plenamente produtivos.
Em resposta, diversas empresas estão desenvolvendo estratégias para mitigar os efeitos da privação de sono. Iniciativas incluem colaborações entre indústria e academia, como a parceria entre a Arinamin Pharmaceutical e a Tsuba University, focada na relação entre fadiga e sono. Além disso, a “tecnologia do sono” está emergindo, com sistemas baseados em IA projetados para melhorar a qualidade do sono. Empresas como Daikin e Kyocera lideram a criação de produtos que visam melhorar o descanso e a recuperação.
À medida que o impacto econômico da privação de sono cresce, as empresas estão cada vez mais cientes da importância de abordar esse problema. A melhoria do bem-estar dos funcionários é crucial não apenas para manter a produtividade, mas também para evitar perdas financeiras significativas.
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