Presidente Lee Jae Myung defende a abordagem da cúpula Japão-Coreia do Sul, priorizando cooperação econômica e de segurança. Entenda as críticas e o futuro das relações.
O presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, afirmou estar preparado para as críticas em seu país sobre a recente cúpula Japão-Coreia do Sul. A controvérsia gira em torno da omissão de questões históricas sensíveis no documento final do encontro, uma decisão que o presidente defende em nome de uma política externa pragmática e focada nos interesses nacionais.
A declaração foi feita durante sua viagem aos Estados Unidos, logo após sua passagem pelo Japão, e repercutida pela agência de notícias Yonhap. A abordagem do presidente busca equilibrar o passado e o futuro das relações entre as duas nações asiáticas.
A Prioridade da Cúpula Japão-Coreia do Sul
Para Lee Jae Myung, a necessidade de avançar em pautas urgentes justifica a estratégia adotada na cúpula Japão-Coreia do Sul. Ele ressaltou que, embora as questões históricas e territoriais precisem ser corrigidas, a falta de uma resolução imediata não deve impedir o progresso em outras áreas.
“Só porque elas não foram resolvidas, não há necessidade de abandonar a cooperação econômica e de segurança ou a cooperação entre os povos dos dois países”, declarou o presidente.
Essa visão destaca a importância de uma política externa pragmática, que coloca os interesses estratégicos e econômicos da Coreia do Sul em primeiro plano, visando a estabilidade regional e o crescimento mútuo.
Críticas e a Resposta Presidencial
A decisão de não aprofundar os temas históricos gerou reações fortes. O “Conselho Coreano para Justiça e Memória para as Questões da Escravidão Sexual Militar pelo Japão”, grupo de apoio a ex-mulheres de conforto, emitiu uma nota contundente.
O comunicado classificou a cúpula como “uma em que a justiça histórica foi ofuscada sob o disfarce de uma política externa pragmática”.
Diante da pressão, Lee reconheceu a complexidade do cenário diplomático. Ele argumentou que a busca por uma solução perfeita e imediata é irrealista, pois sempre há outra parte envolvida nas negociações.
- Realismo diplomático: “Seria melhor se eles fossem completamente resolvidos a um nível satisfatório, mas tal coisa não existe no mundo”, pontuou.
- Visão de futuro: “Com um pouco de tempo, resultados tangíveis podem ser alcançados em questões históricas e territoriais.”
O presidente aposta que o fortalecimento dos laços atuais, através do diálogo e da cooperação, criará um ambiente mais favorável para, no futuro, resolver as pendências históricas de forma mais positiva e satisfatória para ambos os lados.


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