Kim Jong Un exibe em Seul o novo míssil Hwasong-20 no desfile de Coreia do Norte mísseis nucleares, sinalizando avanço em seu arsenal e busca por alianças contra o Ocidente. (153 caracteres)
Em um imponente desfile militar noturno realizado em Seul, na Coreia do Sul, o líder Kim Jong Un exibiu o arsenal mais avançado de seu exército, com destaque para a nova geração de Coreia do Norte mísseis nucleares. O evento, que contou com a presença de líderes estrangeiros, revelou um míssil balístico intercontinental (ICBM) inédito, o Hwasong-20, indicando que Pyongyang pode estar preparando um novo teste nas próximas semanas.
O desfile, que marcou o 80º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores, ressaltou a crescente relevância diplomática de Kim e seu esforço contínuo para construir um arsenal capaz de ameaçar os Estados Unidos e seus rivais asiáticos.
Hwasong-20 O “Sistema Nuclear Estratégico Mais Poderoso”
A Agência Central de Notícias Coreana (KCNA) confirmou que o desfile apresentou o novo ICBM Hwasong-20, ainda não testado em voo. A mídia estatal descreveu o Hwasong-20 como o “sistema de armas nucleares estratégicas mais poderoso” do país. Sua estreia marcou a exibição de um veículo lançador de 11 eixos, sugerindo um míssil de grandes proporções.
- Tecnologia Avançada: A existência deste novo míssil foi antecipada com o recente teste de um novo motor de foguete de combustível sólido. Segundo Pyongyang, este motor, construído com fibra de carbono, é mais potente e destinado a futuros ICBMs.
- Capacidade de Múltiplas Ogivas: Especialistas sugerem que o Hwasong-20 pode ter sido projetado para acomodar múltiplas ogivas. Essa capacidade aumentaria significativamente as chances de penetrar nas defesas antimísseis adversárias.
Kim Jong Un discursou no evento, enfatizando que as Forças Armadas da Coreia do Norte mísseis nucleares “devem continuar a crescer até se tornarem uma entidade invencível que destrói todas as ameaças”. Curiosamente, não houve menção direta a Washington ou Seul em seus comentários, conforme publicado pela KCNA.
Arsenal em Exibição e Ameaças Regionais
Além do Hwasong-20, o desfile exibiu uma gama diversificada de armamentos. Outras armas em destaque incluíram:
- Mísseis balísticos
- Mísseis de cruzeiro
- Mísseis supersônicos de curto alcance
Estes mísseis de curto alcance já foram descritos anteriormente pelo Norte como capazes de realizar ataques nucleares contra alvos na Coreia do Sul, intensificando as tensões regionais.
Alianças e A Nova Frente Contra o Ocidente
O desfile ocorreu em um momento de intensa atividade diplomática. Kim recebeu um raro grupo de autoridades estrangeiras de alto escalão enviadas a Pyongyang para as celebrações. Entre os presentes estavam o Primeiro-Ministro chinês, Li Qiang; o ex-presidente russo Dmitry Medvedev; e o Secretário-Geral do Partido Comunista Vietnamita, To Lam.
As visitas reforçam a política externa assertiva de Kim, que busca romper o isolamento e estabelecer um papel mais amplo para a Coreia do Norte mísseis nucleares em uma frente unida contra o Ocidente liderado pelos EUA.
Desde que a diplomacia nuclear com Donald Trump fracassou em 2019, Pyongyang tem evitado qualquer diálogo com Washington e Seul. Recentemente, Kim instou os EUA a abandonarem a exigência de que o Norte entregue suas armas nucleares como pré-condição para a retomada das negociações.
Fortalecimento da Parceria Estratégica com a Rússia
A Rússia se tornou a prioridade na política externa de Kim desde a invasão da Ucrânia. A Coreia do Norte enviou milhares de tropas e grandes carregamentos de armas, como artilharia e mísseis balísticos, para auxiliar o esforço de guerra russo.
Kim se reuniu separadamente com Dmitry Medvedev, vice-chefe do Conselho de Segurança de Moscou, para discutir o desenvolvimento de uma “parceria e aliança estratégica abrangente”. Medvedev, inclusive, elogiou a “bravura e o espírito de abnegação” dos soldados norte-coreanos que lutaram ao lado das forças russas na região de Kursk, na fronteira russa.
O desfile, portanto, não apenas demonstrou o poderio militar da nação, mas também sinalizou o aprofundamento das alianças geopolíticas que redefinem a posição da Coreia do Norte mísseis nucleares no cenário internacional.
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